A Women Game Jam Brazil é uma oportunidade para desenvolvedoras se juntarem e criarem uma comunidade; hoje, elas são maioria entre os jogadores, mas minoria na força de trabalho

Hoje em dia, o que antigamente poderia ser, erroneamente considerado "coisa de menino", hoje em dia domina um mercado de vários gêneros e atrai diversos públicos. Jogos hoje em dia não são somente produtos considerados, também erroneamente "brinquedos", jogos são forma de trabalho e fonte de renda, sejam de influenciadores no YouTube, streamers na Twitch, desenvolvedores, e até mesmo, jogadores.

Segundo a pesquisa atual da New Zoo, mulheres compreendem 51% do público brasileiro que joga em celulares atualmente. E se você subestima o mercado mobile, saiba que ele é um dos mais rentáveis, e talvez o único mercado de jogo promissor no país. Pelo menos por enquanto.

Segundo a Pesquisa Game Brasil, divulgada em maio, elas já são 58,9% dos fãs de games da população, um número que cresce ano a ano. Porém, elas querem mais, elas não querem só manter seu posto de maior número de jogadoras no país, elas querem também participar do desenvolvimento de jogos no país.

Nesta semana, entre os dias 2 e 4 de novembro, acontece em nove cidades brasileiras a segunda edição do Women Game Jam Brazil, o qual mulheres vão se reunir para criarem jogos em 48 horas, em forma de maratona.

“Nós queremos trazer visibilidade para as mulheres, sabemos que tem muita mulher que trabalha com jogo, mas elas não se conhecem, não conversam entre si, não existe uma comunidade tão grande”, explica Nayara Brito, uma das organizadoras do WGJB. “A ideia do evento é fortalecer essa comunidade pra ela crescer cada vez mais.”

Segundo o 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, realizado pelo Ministério da Cultura em 2018, hoje as desenvolvedoras são apenas 20,7% da indústria brasileira de games. É um número três vezes maior na comparação com a primeira edição do censo, realizada em 2014. Porém, 20% ainda é um número bem abaixo de outras carreiras na tecnologia.