Jogos de esporte caem em um nicho extremamente específico: ou você ama ou odeia. Mas não se engane, por trás de mecânicas similares, ainda há um universo a ser explorado, e um jogo nunca ficará sempre 100% igual aos seus antecessores; há sempre algo a melhorar. E com MLB: The Show 23 não seria diferente.
Com o passar dos anos parece cada vez mais difícil pensar que um título que sai anualmente consiga realmente avançar muito em evolução, especialmente quando ele já se aproxima bastante de uma simulação que passe a sensação de que está próxima à "realidade".
No entanto, a equipe da Sony San Diego conseguiu encontrar formas de fazer com que MLB: The Show 23 conseguisse avançar ainda mais as suas fronteiras, para fazer um ode ao esporte do baseball.
O ponto é que realmente não vamos ver um salto gigantesco de um título para o outro, porém, algumas mecânicas podem sim, ser revistas, revisadas e ainda mais aprimoradas.
Mas, será que isso é o suficiente para justificar títulos anuais como é feito no mercado de games de temática de esporte? Será que o título consegue, ao mesmo tempo, se reinventar e celebrar o esporte? É possível que ele consiga agradar fãs do esporte ao mesmo tempo que aceita novos jogadores?
É com essas e outras premissas que seguimos com a nossa análise de MLB: The Show 23; e o nosso veredito você confere abaixo!
Conheça o modo Storylines
Similar ao modo Showcase da série WWE 2K, você vai poder jogar com jogadores famosos da liga de baseball ao longo das eras. Ou seja, ao iniciar cada capítulo, você poderá ver uma pequena vinheta contando a história de uma partida importante dele e, em seguida, você jogará com ele em situações específicas.
Então, você poderá jogar com ele, para realizar determinadas ações para poder prosseguir. Esse modo é bastante interessante, já que segue uma linha que a série parece flertar há algum tempo, com as coleções no Diamond Dinasty.
Com esse modo, o game faz algo magnífico: ele resgata a história do esporte. E, nada melhor do que começar com um grande impacto.
Firmando uma parceria de peso com a Negro National League, o título resgata um pouco da história da liga que existiu entre 1920 e 1931 e depois em 1933 e 1948, durante o período de segregação racial dos Estados Unidos.
Através dela, os jogadores negros podiam praticar o esporte e jogar baseball de maneira profissional, até que Jackie Robinsou cruzou essa barreira em 1947.
Dessa maneira, o Storylines permite que o jogador assuma o controle de diferentes jogadores da liga, utilizando até mesmo vinhetas específicas para cada um, relembrando os tempos de cada um nas partidas históricas.
Para a primeira temporada, você poderá jogar 8 histórias distintas, incluindo os ícones Jackie Robinson, Leroy “Satchel” Page, Andrew “Rube” Foster, além de outras lendas da Negro National League.
Mas não se engane, que não para por aí. A desenvolvedora prometeu novas temporadas com mais histórias de outras lendas da liga. Ao completar uma temporada, você ganha uma carta nível Diamante para o seu deck em Diamond Dinasty.
Poucos ajustes de mecânica e interface
Tirando a grande mudança dos Storylines, a mecânica base do não sofreu muitas modificações em relação aos seus antecessores. Porém, esses ajustes eram necessários, e passaram a dar uma dinâmica melhor para as partidas.
Essa melhora é bastante bem-vinda, já que ajuda a diferenciar bastante o estilo de jogo de diferentes jogadores, algo que antes não era tão visível nas partidas. Ou seja, você poderia ser o melhor jogador em campo com qualquer pessoa, desde que fizesse os comandos certos.
Agora, não, você poderá ver cada vez mais a marca e o estilo de cada atleta em campo, e isso é algo que realmente ajuda a diferenciar os pontos fortes e fracos de cada time, tornando as partidas ainda mais únicas.
Outro ponto de mudança foi no modo Practice. Se você é daqueles que gosta de treinar para se aprimorar, vai poder usar o modo como um hub para aprender e dominar bastante as diversas mecânicas exploradas pelo título.
Reformulação no modo online
Outros ajustes feitos foram no modo online, como a inserção de um novo modo chamado Competitivo, que tem como objetivo acabar com as partidas longas e desgastantes sem necessidade.
Além disso, o modo Co-op, adicionado na última versão do game, foi aprimorado e recebeu uma versão que oferece partidas ranqueadas. Isso é legal, porque bota jogadores de estilos e níveis similares para jogarem juntos, tornando o processo menos desgastante para jogadores que já são mais habilidosos.
MLB: The Show 23 vale a pena?
Apesar de MLB: The Show 23 ser composto de pequenas mudanças e não trazer nada revolucionário, isso já é algo esperado da maioria de títulos de jogos de esporte. No entanto, as melhorias são realmente excelentes, e deixam as partidas single-player ou online ainda mais dinâmicas.
O maior diferencial do game está no modo Storylines: Negro Leagues que faz um ode ao Baseball como um todo. Além de resgatar e preservar a história do esporte, contando a história de diversas lendas da Negro National League, ele dá a visibilidade a lendas cujas histórias merecem ser contadas.
Poucos jogos de esporte tiveram a disposição de seguir por essa linha e contar essas histórias de maneira singular. Então, caso você seja um fã de histórias que envolvam o esporte, sem dúvidas vai ter muito conteúdo para explorar nas diversas temporadas que estão por vir.
Vendo por esse lado, de fato, o game não sofreu uma série de mudanças significativas, mas possui diversos elementos que fazem com que ele valha sim, a pena! Basta apenas que você seja fã do estilo e queira explorar um pouco mais as suas habilidades no baseball e faça questão de elencos atualizados!
A análise de MLB: The Show 23 foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Sony PlayStation.