Atualmente, muitos vem se questionando por que os jovens querem ter uma carreira como streamer. Além disso, será que a chamada profissão do futuro precisa de um presente? Ou será que ela já é uma realidade?

Pensando nisso, o pessoal da Betway foi atrás de mais informações para tentar entender um pouco mais os motivos  de tanta gente estar interessada em viver do sonho das lives, bem como seu caminho árduo até o sucesso. Confira!

Entenda as plataformas

Indiscutivelmente, a Twitch é a maior e mais popular plataforma de streaming de conteúdo na internet. Isso porque com apenas dois meses em 2022, eles já chegaram a 230 bilhões de horas assistidas.

Isso demonstra um aumento de quase 5% em relação ao ano passado. São mais de 8,6 milhões de pessoas criando conteúdo mensalmente na plataforma.

Por que jovens querem ter uma carreira como streamer
Por que jovens querem ter uma carreira como streamer - Imagem: Betway

O Youtube Gaming e Facebook Gaming, por outro lado, também têm um público cativo, mas ainda não conseguiram bater os números da Twitch. Enquanto em dezembro de 2021 a plataforma roxinha tinha cerca de 7,57 milhões de streamers ativos, o Facebook ultrapassa um pouco mais de 458 mil criadores de conteúdo.

Quando o assunto são horas assistidas, a Twitch continua na liderança, com 70,5% no último trimestre do ano passado. O Youtube aparece em segundo, com 15,6% e o Facebook em terceiro, com 12,1%.

O papel do celular

Jogar em um PC é console é caro e pouco acessível, especialmente com o aumento do preço do hardware e nas dificuldades de logística e envio devido à pandemia da Covid-19. Por isso, não é nenhuma novidade ver que 83% dos gamers brasileiros jogam em celulares, segundo a pesquisa divulgada pela Kanter IBOPE Media.

O motivo para tanto sucesso é justamente a acessibilidade que os celulares dão. Alguns dos jogos mais baixados por aqui, como Free Fire, Wild Rift e PUBG Mobile são gratuitos e os jogadores só gastam dinheiro se quiserem.

Os celulares democratizam o acesso aos jogos e ao stream no Brasil - Imagem: Mobile Time

Falando de Free Fire, a própria Garena investiu em uma plataforma de streaming própria, a BOOYAH!. Além de gratuita, ela foi pensada para quem joga diretamente pelo celular fazer suas lives e compartilhar clipes de forma simples e prática.

Hoje, ela já ultrapassou os 2,7 milhões de usuários e expandiu sua presença para ​que os canais façam transmissões de bate-papo e outros jogos além do Frifas.

Para além dos games

Um dos pontos legais do streaming, é que ele não precisa ser focado apenas em games. Hoje, há uma grande gama de pessoas interessadas em verem reacts, conversas, podcasts em vídeo e uma série de outros tipos de conteúdo — basta apenas ver o Casimiro para entender um pouco dessa situação.

Mas e aí, por quê?

Com um mercado saturado, dificuldade de encontrar emprego e, tendo em vista que muitos amam consumir esse conteúdo, não é de se surpreender que muitos queiram embarcar na vida de streams.

No entanto, apesar do glamour daqueles que deram certo e conseguem surfar nos espólios tirados disso, tudo é incerto, visto que é um trabalho autônomo, como qualquer outro. Por isso, alguns especialistas indicam que é sempre bom não abdicar completamente de um trabalho fixo, a menos que os retornos diretos ou indiretos comecem a pagar as suas contas.

Uma luta distante

Apesar de ter muita gente investido na carreira, ser streamer não é ainda um trabalho regularizado. Não é difícil encontrar relatos de quem ainda não alcançou a fama relatando trabalho incansável, de centenas de horas por mês.

Juntamente por isso, não são raras as vezes que streamers unem sua paixão com um trabalho fixo. Vendo por esse lado, o mais próximo que streamers pequenos chegam de algum relacionamento com a Twitch é via programa Partners, que viabiliza a monetização de canais. E, mesmo assim, se tornar um parceiro da Twitch não é uma garantia de renda.

O desafio é criar e gerenciar uma comunidade

Uma das maiores dicas que alguém que quer se tornar streamer pode receber é: divulgar o seu trabalho. Parece algo simples, uma ação primária de marketins, mas isso é o que faz toda diferença; ter uma comunidade que te veja e saiba quem você é.

É muito difícil conseguir um público, já que não é só ligar a câmera e do nada vão esperar que 100 pessoas cheguem para assistir à live. Para isso, é necessário divulgar sua marca, senão ninguém vai te conhecer. É por isso que as mídias sociais têm que ser o foco de quem quer se tornar streamer profissional.

Ainda há um caminho longo pela frente

Enquanto milhões de novos profissionais surgem anualmente e, se pensarmos no quanto a indústria de games vale, especialistas especulam que o mercado chegue a US $224 bilhões até 2028 — ou seja, ainda há muito espaço a ser explorado e um longo caminho a ser trilhado.

Além disso, aos poucos, o streaming vai tomando espaço das mídias tradicionais. Um estudo conduzido nos Estados Unidos mostrou que, durante a pandemia, os adolescentes passaram mais tempo vendo conteúdo pela internet do que por meio da tv tradicional.

E a tendência é que essa quantidade de horas continue a aumentar ao redor do mundo, conforme cada vez mais marcas, jogos e artistas migram de plataforma para chegar onde seu público está.

Os streams podem não são só uma profissão, mas um sonho de muitos e que faz cada vez mais parte da nossa realidade. Os caminhos são árduos e nada simples, mas não impossíveis de alcançar.