As críticas nacionais e internacionais estão dizendo que o filme é basicamente idêntico ao de 1994!
O Rei Leão, novo filme da Disney, que estreia dia 18 de junho no Brasil, já foi assistido por sites internacionais e por alguns brasileiros. Por mais que muitos sejam unânimes no aspecto de que o filme é excelente, muitos se questionaram sobre a necessidade de tê-lo feito.
Equivocadamente chamada de live-action, quem assistiu, elogiou bastante a parte técnica, justamente pelo fato de que a produção não se utilizou de métodos de captura de movimentos e, nem mesmo os cenários são cenários reais. Porém todos os sites com suas críticas, questionaram o fato do filme ser praticamente idêntico ao clássico de 1994.
O site Polygon foi bem categórico ao apontar o fato de que o foto realismo, que poderia mostrar fielmente a parte ecológica africana, pouco se preocupou com isso. Além disso, o site apontou que o fato de tentarem ser extremamente realistas tanto nas feições, quanto nos modelos tridimensionais, muitas expressões acabaram perdidas ou não faziam muito sentido na trama.
Já o G1, por sua vez, toca na mesma fala apontada pelo Polygon, no que diz respeito às emoções e sensações dos personagens no filme:
"Infelizmente, todo o realismo gerado pela nova técnica de animação também impede que os protagonistas transmitam todas as emoções dos personagens desenhados. Na maior parte do tempo, é possível até acreditar que são leões de verdade falando e cantando, mas a simulação falha nos momentos que pedem mais intensidade." Cesar Soto, ao G1
Impactos de geração
Porém todas as críticas apontaram positivamente para a colocação das vozes, com um elenco bem escolhido para as atuações em inglês. Desde o original James Earl Jones como Mufasa, até Beyoncé e Donald Glover realmente emprestaram suas vozes para dar vida a Nala e Simba, assim como Chiwetel Ejiofor convence como Scar.
A conclusão que fica sobre o filme, é que ele mostrará o seu papel não só como uma parte nostálgica, atingindo fãs, se conseguir comover uma nova geração de crianças da mesma forma que o original o fez. E a ideia é essa, buscar as gerações que tiveram acesso ao filme de 1994, bem como trazer novos fãs da história de Simba e seu reino.
O trade-off das releituras da Disney
De fato a Disney tem feito diversas releituras de seus clássicas, algumas causam polêmica, e algumas passam batidos. Porém, o único ponto em comum entre todos, é o montante arrecadado.
Por mais que Rei Leão tenha iniciado sua jornada com uma nota de 60% no Rotten Tomatoes e no 57 no Metacritic, isso não significa que a Disney terá prejuízos. O filme só não teve a maior pré-venda do ano, por causa de Vingadores Ultimato.
Com três filmes de releituras lançados em 2019, a Disney consegue manter a sua ideia que é basicamente manter a galinha dos ovos de ouro gerando a renda. E essa renda pode ser vista abaixo:
- Dumbo (2019) – 46% – US$ 351 milhões
- Aladdin (2019) – 57% – US$ 925 milhões
- O Rei Leão (2019) – 57% – [bilheteria não disponível]
E a lista continua, pois estão em produção também os filmes A Pequena Sereia, O Corcunda de Notre Dame, A Espada era a Lei, Lilo & Stich, Pinóquio, Branca de Neve e os Sete Anões e uma continuação de Mogli: O Menino Lobo.
Porém, a dúvida maior que fica é: até quando essa fórmula de trazer novas releituras, ou até mesmo refazer a mesma história com novas tecnologias, continuará a gerar lucro pra Disney? Será que justifica mesmo a empresa precisar refazer isso, para fazer o mesmo filme igual aconteceu com O Rei Leão?
A resposta só o tempo nos dirá, e a Disney demonstra a cada dia que não vai parar com novas releituras e novos live-actions. Nos resta, como fãs, acompanhar para vermos o que vai dar tudo isso.