Terminado a parte elétrica e montagem do mesmo, chegou a hora de conferir se o mesmo estava funcionando. E para isso precisamos de alguns softwares e ligações que parecem ser complicadas, mas são bem simples. Mas antes de continuar aviso que não recomendo o uso de softwares pirateados, assim como em outros tutoriais por aí, já que existem tantas ferramentas boas e com qualidades fantásticas, portanto, não seja você um saco de excremento para usar desses meios.
Cada uma das ferramentas que descreverei, existe o link para download no site oficial, para baixar os mesmos, e para que não encontre problema com a execução desse projeto, deixei ele já esquematizado, então basta seguir a organização numérica e ser feliz, mas deixo os links oficiais listadas em cada tópico.
1 - A primeira ferramenta a ser instalada é a que fará comunicação com nosso Arduino, você pode baixá-lo no site oficial e é compatível com versões Linux, MAC ou Windows. Depois de instalado faremos as configurações básicas, já com o Arduino conectado na Porta USB do PC a ser utilizado.
- Ferramentas / Placa - Escolha o modelo usado no meu caso e Arduino Mega
- PROCESSADOR : Modelo referente a sua placa
- PORTA / Geralmente entra como COM3(mas pode variar de isso não é uma regra)
2 - Faremos o download do código, e extraímos onde achar mais adequado, porém ele deverá estar dentro da pasta Matriz sketch_microdrum, agora basta abrir essa pasta dentro do Arduino e procurar o arquivo sketch_microdrum.ino, abrirá agora um arquivo com 13 abas, basta clicar em CARREGAR que possui como símbolo uma seta, ou apertar o comando de teclado CTRL+U. Pronto o código deve ter sido carregado.
3 - Executaremos a instalação do LOOPMIDI agora, sua instalação é simples e rápida, uma vez realizada ele carregará automaticamente com o inicializar do sistema Operacional (lembro novamente que as ferramentas testadas aqui foram feitas dentro do Windows, no site oficial da maioria deles existe a alternativa correspondente para cada S.O. Linux ou MAC, mas não encontrei nada para Android). Após instalados clique em Launch para abrir a ferramenta e adicionaremos uma porta de comando, por padrão ela estará como loopMIDI Port 0, mas você pode renomear como desejar.
4- Vamos a última ferramenta, e a que mais nos dará trabalho, por assim dizer, não que ela seja de difícil manuseio, mas é nessa interface onde ficaremos a maior parte do tempo configurando as respostas de cada PAD, então isso leva um certo tempo, até que os ajustes estejam 100%.
Abriremos agora o Config Tools, após baixado essa ferramenta, basta apenas executar microdrum.exe para começarmos nossas configurações básicas. Habilite e selecione a porta COM a qual seu Arduino está conectada, em seguida clique em Enable. Recomendo agora ir a aba Monitor e na seção To MIDI você selecionará o LoopMIDI Port, dessa forma essas ferramentas agora estarão em comunicação direta.
Preste muita atenção agora meu caro padawan. Nessa aba Configuration faremos a exata configuração de como queremos nosso arduino em funcionamento, lembrando que cada linha equivale a uma porta de conexão com o Arduino, veja na imagem abaixo que nomeei cada linha com o código referente ao conector analógico do Arduino seguido da peça de bateria respectivamente.
Como já mostrado onde a entrada é 0=bumbo, 1=caixa, 2=aro, 7=surdo e assim sucessivamente, para cada porta configurada, é necessário enviar essas alterações para a placa, você até pode fazer tudo e enviar por último, mas como sempre existe a possibilidade de “dar ruim”, sempre clique em SetAll com a flag Save habilitada e pronto, faça bom uso de sua bateria eletrônica.
Agora vamos para umas explicações finais simples. Essa aplicação da MicroDrum apresenta alguns nomes e termos em inglês, vou tentar explicar de forma simplória o que cada uma delas fazem.
NAME: Nome da peça (ex: caixa)
TYPE: Tipo de sistema utilizado, geralmente deixaremos como Piezo, exceto no canal do controlador do HiHat, ou pedal de chimbal, que obrigatoriamente será HHC
NOTE: nota midi do software
THRESHOLD: Aqui na verdade temos um Gate/Compressor que seria a sensibilidade da peça. Dependendo de como foi feito o trigger ao conectá-lo poderemos ouvir uma peça disparada sem parar ou ao tocar temos múltiplas notas em vez daquela apenas que desejemos ao bater, então devemos fazer esse controle aqui, quanto maior for o ajuste, menor será a sensibilidade do mesmo.
SCAN TIME: esse seria o tempo de resposta da nota, ou seja quando eu bater na pele do tambor ou prato ela levará um período X para que esse som seja reproduzido.
MASK TIME: tempo que depois de gerado a nota a mesma permanecerá soando. (notas mais longas ou secas)
RETRIGGER: Repetição da nota midi. Diferente e complemento ao que vimos em Threshold, aqui nós controlamos o rebote que peça poderá ter
CURVE: tipo de onda da curva, Linear, curta, longa, flat, cada uma delas afetará como o pico do nota será reproduzido.
CURVE FORM: Assim como a onda de um compressor, aqui ajustaremos o máximo que a velocidade que tal curva será alcançada.
GAIN: Volume geral de saída
De forma alguma poderia terminar esse texto sem mencionar alguns programas FREE para vocês usarem, então como já dito, não caiam na pirataria sendo que existem ferramentas fantásticas para o vocês tocarem e produzirem suas músicas, seguem alguns exemplos:
REAPER sem exageros, uma das melhores e mais leves DAW (digital audio Workstations) disponibilizadas para o grande público. Apesar de não ser 100% gratuito, ela lhe dá um período de teste de 60 dias e depois pede que efetue a compra, mas mesmo depois desse período de uso, ele continua funcionando com todas as funcionalidades.
MT Power DRUM O MT Power Drum Kit é um sampler de bateria gratuito que oferece sons poderosos e de alta qualidade de um kit de bateria realista e acústico. As amostras foram especialmente gravadas e processadas para torná-las idealmente adequadas para uso em produções pop, rock e metal.
Steven Slate Drums 5 essa versão freeware de seu software de bateria acústica SSD5 embora seja de fato uma versão mais leve, ele é um instrumento virtual totalmente funcional por si só. A principal limitação, quando comparada à versão completa do software, é o fato de que o SSD5 FREE só vem com um único kit de bateria acústica sampleado. No entanto, não limita o usuário final de qualquer outra forma, ao contrário da maioria das outras edições gratuitas de software comercial. Também não requer uma conta iLok, que é obrigatória para ativar a versão completa SSD5