Em protesto ao comportamento da Activision Blizzard em frente às acusações de assédio e discriminação no ambiente de trabalho, os desenvolvedores decidiram entrar em greve nessa quarta-feira, 28/07.

Activision Blizzard enfrenta processo por assédio e misoginia
Averiguação do Departamento de Direitos Cíveis da Califórnia demonstra condutas de assédio moral e sexual contra mulheres, assim como discriminação

O protesto ocorrerá de forma online das 13h da manhã às 22h e, também, presencial no campus Irvine da Blizzard. Os protestantes dizem que "acreditamos que os valores como empregados não estão sendo bem refletidos nas palavras e ações de nossos líderes".

Os trabalhadores sentiram-se enfurecidos com o recebimento de um email de Frances Townsend, chief compliance officer (CCO), ou seja, o responsável pelo cumprimento dos procedimentos da organização, que chamava o processo contra a Activision de "distorcido" e "mentiroso".

O grupo responsável pela iniciativa da greve pede diversas mudanças internas como o fim da cláusula arbitrária. Essa cláusula impede que quaisquer problemas sejam levados ao poder judicial, logo, protegendo abusadores e limitando a habilidade das vítimas de procurar restituição.

Além disso, pedem que mudem as políticas de recrutamento, emprego e promoções para melhorar a representatividade em toda a hierarquia da empresa. Pedem por transparência em relação às compensações e promoções.

Em 2019, mais de 150 empregados da Riot Games entraram em greve para pedir o fim da cláusula arbitrária, resultado de um relatório de 2018 sobre machismo e discriminação na empresa.