Você sabe a história real dos Assassinos de Assassin's Creed?
A partir de hoje, e durante as próximas semanas, iremos apresentar toda a história por trás de Assassin's Creed: quem são os Assassinos, como surgiram os Templários e a relação da franquia com o período histórico em que cada jogo se passa. E no texto de hoje falaremos sobre as origens do Clã dos Assassinos e sua relação com a franquia Assassin's Creed.
Para explicarmos as relações históricas é preciso primeiramente organizar os jogos em ordem cronológica e não de lançamento; para simplificar, não serão inclusos os standalone na cronologia, como o Chronicles, entre outros.
Cronologia
A cronologia dentro do universo de Assissin's Creed vai desde a criação do homem até o futuro próximo, mas vamos focar nos jogos e sua ordem cronológica:
- Odyssey (Grécia, 431-403 A.C.): entre a Guerra do Peloponeso e o auge da Democracia Ateniense (Péricles);
- Origins (Egito, 49-43 A.C.): reinado de Cleópatra e conquista romana;
- Valhalla (norte europeu, 873 D.C.): expansão dos povos nórdicos para o leste (Ilhas Britânicas);
- Assassin's Creed I (Jerusalém, 1191): Terceira Cruzada;
- Assassin's Creed II (Itália, 1501-1506 D.C.): Renascimento Cultural;
- Black Flag (região do Caribe, 1715-1722 D.C.): auge da pirataria e dos corsários na América Central;
- AC III (Estados Unidos, 1754-1783 D.C.): Revolução Americana, início do movimento de independência dos Estados Unidos, influenciados pelo Iluminismo;
- Unity (França, 1776-1800 D.C.): Revolução Francesa, luta contra o absolutismo e os privilégios da nobreza;
- Syndicate (Inglaterra, 1868 D.C.): Revolução Industrial e expansão das grandes metrópoles.
Assassin's Creed: o Credo dos Assassinos
A história e a ficção se misturam quando falamos dos assassinos e dos Templários. A Ordem dos Assassinos do mundo real surgiu aproximadamente no mesmo período histórico em que se passa o primeiro jogo, Assassin's Creed. A Ordem dos Assassinos, ou Hashshashin foi fundada por Haçane Saba, também conhecido como O Velho da Montanha.
A seita criada por Haçane era notória e temida, durante seu auge a Ordem dos Assassinos teria criado atrito até mesmo com o Sultão e líder militar Saladino.
Nas sombras
Tanto os assassinos dos jogos quanto os do mundo real seguiam o mesmo modus operandi - sendo essas adaptações um dos maiores trunfos da Ubisoft: o uso de uniformes característicos e a capacidade de misturar-se ao ambiente para executar seus assassinatos.
Os assassinos de Haçane se misturam aos locais como pedintes das cidades, passando assim despercebidos, no aguardo da chegada de um emissário com sua próxima missão.
Executar um alvo não era exatamente a coisa mais complexa do mundo, tendo em vista o contexto histórico. Porém, para garantir o sucesso do assassinato, eles estavam sempre em três pessoas, para o caso de um falhar em sua tarefa, outros dois estavam a postos para concluir o que o primeiro começou. Sua atuação era ampla, em quaisquer lugares e em quaisquer situações eles cumpriam suas ordens. O método era o mais silencioso e rápido possível, já a arma vocês devem imaginar: um punhal escondido (qualquer semelhança com a Hidden Blade NÃO é mera coincidência).
A Origem da Ordem em Assassin's Creed
Em Assassin's Creed, o Clã é bem mais antigo do que a Ordem da vida real: seguindo a lore do jogo, eles surgiram durante os acontecimentos de Assassin's Creed: Origins. É diferente da origem histórica, do Oriente Médio, pois o Clã dos Assassinos surgiu no Egito (África) durante a Dinastia Ptolomaica, mais exatamente durante o reinado de Cleópatra no ano 47 A.C., quando o casal Bayek e Aya se uniram a outras pessoas com os mesmos ideais e fundaram os Ocultos que, séculos depois, sob influência de Altair, se reorganizaram sob o manto de "A Irmandade dos Assassinos".
O que buscam os assassinos?
No universo de Assassin's Creed, a Irmandade luta pela manutenção da liberdade de escolha da humanidade, ou seja, o livre-arbítrio. Sua luta preza pela evolução das sociedades e pelo crescimento das liberdades individuais (nada relacionado ao liberalismo econômico, não vamos misturar as coisas), exatamente o oposto da luta dos Templários.
A Irmandade é guiada por uma bússola moral, da mesma forma que a Ordem dos Assassinos da vida real (por mais irônico que possa ser a ideia de assassinos profissionais terem tal ideal), que seguiam três fundamentos invioláveis:
1- "Afaste tua lâmina da carne dos inocentes" - Assassinar inocentes é o maior crime que um membro do credo pode cometer. Infelizmente, dentro do jogo, quebrar o voto não traz muitas consequências para além de alguns guardas correndo atrás de você em cima dos telhados;
2- "Esconda-te em plena vista" - O conceito de estar sempre à vista e ao mesmo tempo não ser visto por ninguém é exatamente o que os Hashshashin faziam ao se disfarçar de pedintes. Obviamente, aquela roupa branca e o capuz do jogo não tem nada de oculto, porém no gameplay, quando você anda ao lado de um grupo de transeuntes, é possível se esconder dos guardas ou arriscar um assassinato;
3- "Nunca comprometa a Irmandade" - A regra é clara, se a ordem é secreta então ela deve continuar secreta (mesmo que todo mundo no jogo saiba que ela exista e quem é você), então se você for pego estará por conta própria. Não que ninguém tente o resgate, porém, se ele comprometer a missão, só aceite a morte iminente e de preferência em silêncio.
A paz que não quero seguir
Por mais paradoxal que seja, o Clã dos Assassinos almeja a paz. Eles acreditam que ela só pode ser alcançada como fruto da educação e não da força bruta, defendendo a liberdade não só da humanidade mas também da informação e do conhecimento (excluindo o conhecimento da existência deles), que sempre foram utilizado como fonte de poder pelas elites.
O Clã seguiu ao longo da História até o futuro próximo, como o de Watch Dogs: Legion, onde encontramos com Darcy, uma assassina dos tempos atuais. Confira os próximos textos sobre a franquia para entender melhor as conexões dela com a História.
Assasin's Creed é produzido e distribuído pela Ubisoft.