Marvel’s Spider-Man foi, sem dúvidas, um dos grandes destaques dos lançamentos de games em 2018. Não só por dar o devido respeito e maturidade que o cabeça de teia merecia, mas por criar um mundo aberto espetacular de ser explorado, com um combate completamente vistoso.
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O sucesso rendeu um standalone: Marvel's Spider-Man: Miles Morales, que também merece o seu destaque. Com todo esse sucesso, o game principal recebeu uma remasterização para a nova geração (PS5), com aprimoramentos gráficos, ray tracing e performances.
Como a Sony tem trazido cada vez mais as suas franquias para o PC, era uma questão de tempo para que o amigão da vizinhança desse as caras por aqui. Mas então, é com isso que começamos as nossas primeiras perguntas: será que o porte consegue manter toda a essência do game, trazer os aprimoramentos vistos no console e consegue entregar uma boa experiência aos jogadores?
Confira abaixo a nossa análise de Marvel's Spider-Man Remastered no PC. Antes de prosseguir, tenha em mente que, em nossos testes, usamos um notebook gamer Dell G15, com processador Intel i5 de 32 GB de RAM, uma placa de vídeo RTX 3050 e um SSD Seagate FireCuda 510.
A história do cabeça de teia
A história de Marvel's Spider-Man abre mão de contar de novo a origem do amigão da vizinhança, já que a maioria das pessoas já sabe. Em vez disso, a história se desenrola acompanhando um Peter Parker mais maduro, mas que ainda enfrenta os problemas que qualquer ser humano normal enfrentaria.
E o foco não está só no seu relacionamento com Mary Jane, emprego instável e, como sempre, uma vida financeira complicada. Como lidar com esses problemas e ainda salvar a cidade de vilões extremamente poderosos como o Rei do Crime, Doutor Octopus, Duende Verde e o Senhor Negativo e muitos outros?
Somente o Homem-Aranha que conhecemos é capaz de conciliar tudo isso, dar ainda dar conta de tudo e ainda fazer as suas famigeradas piadinhas. Por isso, ele é um dos heróis que mais se aproxima de nós, reles mortais, porque ele realmente possui problemas (tirando os supervilões) que poderiam ser enfrentador por eu ou por você, que está lendo.
Mundo aberto espetacular e combate conciso
Um dos maiores destaques do game da Insomniac Games é o seu mundo aberto e como é possível explorá-lo. Verdade seja dita, eu nunca joguei um jogo tão gostoso e divertido de explorar, quanto Marvel's Spider-Man.
E no PC isso não foi tão diferente assim, já que não só as mecânicas foram preservadas, mas todo o conteúdo novo das DLC's e os recursos gráficos estão ali para serem explorados.
No quesito combate, o game também não fica para trás: é um dos jogos de heróis mais concisos nesse aspecto (junto com a série Batman Arkham). É possível dizer que Marvel's Spider-Man tem a pitada de que é um game que foi feito de fãs para fãs.
É impressionante como a maioria das atividades, mesmo que secundárias encaixam perfeitamente na lore do personagem e são encaixadas de forma fluida e vívida ao longo do gameplay. É um trabalho muito bem desenvolvido pela equipe da Insomniac.
Inconsistência no FPS incomoda
Todo esse background pode dar a impressão de que o game seria uma grande adição no PC. Infelizmente, nesse primeiro momento, a Nixxes (empresa responsável pelo porte) não conseguiu ser tão feliz assim, quanto os portes feitos em outros jogos da Sony, como God of War (Jetpack Interactive) ou Days Gone (Sony Bend) — entre parênteses, as empresas responsáveis pelos portes.
O ponto positivo é que o game é o Ray Tracing, a alta taxa de quadros, que chega a 60 FPS, uma boa opção de controles (e permite até mesmo alterá-los, caso queira) e uma câmera ultrawide.
No entanto, o game apresentou, nesse primeiro momento, uma grande quantidade de travas e bugs de desempenho gráfico. Isso dá uma sensação de que o game poderia ter ficado um tempo mais em produção, para polimento.
Infelizmente, com o Ray Tracing ligado, poucas vezes a taxa de FPS se manteve estável e fluida durante a jogatina. Mesmo rodando o jogo em uma RTX 3050, senti que a taxa estava estável em 60 FPS, mas tinham momentos que caia para 50 ou subiam para 70 — mas de forma completamente aleatória.
Ainda assim, apesar dessas inconsistências, o uso de uma placa da NVIDIA permitiu que eu ativasse o recurso de DLSS, que aprimora imagens renderizadas em resoluções mais baixas, usando uma IA. Dessa maneira, é possível ter a qualidade superior sem ter que consumir processamento de GPU.
Considere jogar no controle
Apesar das inconsistências no frame rate do game, uma das coisas mais legais que eu senti no porte do game para o PC e a possibilidade de poder sentir o feedback háptico e os gatilhos adaptativos do DualSense, que funcionam com o controle conectado via cabo.
O game até permite que você jogue no teclado e até mesmo personalize cada input. Mas vai por mim, isso não é muito o recomendado. Em outros jogos, de ritmo não tão rápido e dinâmico quanto Marvel's Spider-Man, isso até talvez faça sentido.
Mas, não tem jeito, a experiência de exploração da Nova York do game e do combate fica bem mais legal e convidativa jogando no controle. Eu te garanto que você vai ficar horas se balançando na teia, para lá e para cá, ouvindo o podcast do J. Jonah Jameson sem fazer absolutamente nada.
E aí, Marvel’s Spider-Man para PC: vale a pena?
Verdade seja dita: se você não teve a oportunidade de jogar Marvel's Spider-Man por conta da exclusividade do game no console, saiba que a versão de PC é o mais completo possível, que traz todas as melhorias da versão remasterizada do console, bem como as DLC's lançadas.
Nesse primeiro momento, o jogo ainda está bastante instável, porém é possível que o problema seja corrigido em novos patches que podem ser disponibilizados após o lançamento. Ainda encontramos outros problemas de lip sync, que prejudicaram em alguns momentos o andamento da história — mas novamente, problemas que serão resolvidos em patches futuros.
Sendo assim, se você é fã do cabeça de teia e quer ter essa experiência, tenha em mente que o game vale muito, muito a pena mesmo — recomendamos a experiência.
A análise de Marvel's Spider-Man Remastered para PC foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Sony.