Análise | Hitman 3 é o desfecho magistral da trilogia do Agente 47
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O Agente 47 está de volta para o capítulo final da trilogia iniciada em 2016!
A série de games de Hitman não precisa de nenhuma apresentação. O Agente 47 já é um nome familiar até mesmo para aqueles que não têm tanto tempo assim no mundo dos games.
O personagem ganhou inúmeras caras, inúmeros cenários, alvos, jeitos inusitados de matar, mas sem nunca perder a sua característica. Após passar por vários estúdios, a IO Interactive assumiu um fardo difícil de carregar em 2016: como continuar a franquia sem saturar uma mecânica que, a olhos leigos, parece não ter como se reinventar mais.
Fato é que a IO Interactive fez o seu dever de casa, e não só lançou uma série com milhões de possibilidades, mas um enredo absolutamente envolvente. Hitman 3 é a certeza de que a empresa cumpriu o seu papel e apresentou aos fãs uma das melhores experiências de Hitman já vistas na história da franquia.
Abaixo, você pode conferir melhor o que achamos desse game sensacional!
Hitman 3: a história até aqui
Como dito antes, Hitman 3 é o capítulo final da história do Agente 47 iniciada em 2016. Nele, encontramos nosso protagonista de poucas palavras tendo que lidar com questões frequentes sobre o seu passado e sobre a Agência.
Analisando por este lado, é muito importante que você tenha jogado os games antigos para entender todas as relações presentes no título atual.
Existem seis missões em Hitman 3 que, se olhadas, como um número, parece algo pequeno. Porém, o tamanho dos ambientes é absurdamente impressionante: áreas vão se transformando em subáreas, tão distintas umas das outras, que adentrar cada uma delas requer um trabalho intenso de análise.
Cada um desses cenários possui pelo menos dois alvos e objetivos secundários. Algumas das sub-histórias podem fazer com que você conclua estes objetivos de uma só vez. Outras não, por isso, uma das maiores apostas do game está no fator replay.
O planejamento é uma arma
A IO Interactive claramente investiu muitos recursos para tornar o mais difícil possível e limitar o quanto você pode refinar o seu caminho através dessas missões. Algumas vezes, assassinar sem deixar o corpo à mostra não parece uma opção disponível.
Justamente por ter tão poucos níveis, a maior recompensa está em você esperar a hora certa de agir, em vez de sair e fazer tudo na correria, de qualquer jeito. Muitas vezes, os NPC's realizam ações que parecem repetidas, mas quando você atinge certo tempo de fase, eles mudam a rotina.
Existem muitas formas de completar o objetivo, portanto, quanto melhor você planejar as suas ações, melhor será a sua experiência.
Todos são suspeitos
Cada missão leva, em média, duas horas para serem completadas, baseada no fato de que você utilizou uma sub-história. Com o fator de replay, é possível passar horas e horas para cumpri todos os objetivos estabelecidos para cada nível.
Um dos pontos de maior chame da franquia Hitman é colocar o nosso assassino na pele de qualquer pessoa disponível em um ambiente. Essa mecânica de camaleão é, sem dúvida, uma das mais divertidas da série desenvolvida pela IO Interactive.
Pra mim, uma das missões mais divertidas da história é uma que você se disfarça de detetive para tentar resolver um crime dentro de uma casa no interior da Inglaterra. Me senti dentro de um dos romances clássicos de Agatha Christie.
O nível de detalhes de cada pista encontrada, da interrogação e da investigação faz você mergulhar dentro do mundo criado pra você interagir. Fazer isso na correria simplesmente estragaria o prazer de aproveitar cada um desses detalhes criados de forma minuciosa pela equipe de desenvolvedores.
A ambientação de Hitman 3
Toda a ambientação de Hitman 3 é absurdamente fantástica. Cada um dos 6 níveis possui áreas totalmente únicas, distintas entre si e distintas entre a trilogia. Em nenhum momento, se tornaram repetitivas.
Cada um dos lugares possuem pessoas que respondem ao ambiente de maneiras diferentes. Podem ser moradores em situação de rua, médicos de um laboratório, sommelier de vinho, ou até mesmo empregados de uma família rica do interior da Inglaterra.
Suas ações e, dependendo de quem você está disfarçado, impactam em como as pessoas vão reagir. Mas, cuidado, elas podem te surpreender às vezes.
Atando as pontas soltas da saga Hitman
Hitman 3 pode até ser a continuação direta de uma trilogia, mas, em nenhum momento, optou por reciclar suas mecânicas antigas. Seus ambientes altamente exploráveis incentivam os jogadores a criarem até situações que não foram pensadas pelo desenvolvedores.
Os fãs que retornarem para a franquia vão obter o máximo da narrativa, pois ela não só amarra as pontas soltas criadas na série, ela te dá a experiência de ser o Agente 47.
Mas, e aí, HItman 3 vale a pena?
Quando lidamos com games de stealth e com grande foco em histórias, é difícil considerar o fator imersão. E isso acontece porque imersão é algo difícil de se lidar nos dias de hoje: como prender a atenção do público com tão poucos cenários para explorar?
A resposta para a IO Interactive foi focar em personagens tão bem construídos e reais, que duas horas voavam e você nem se dava conta. Hitman 3 acerta em tantos aspectos de gameplay e imersão, que é indiscutivelmente um dos melhores da saga e encerra, com chave de ouro a saga do Agente 47.
Hitman 3 foi gentilmente cedido pela IO Interactive para Xbox Series X|S para que nossa equipe pudesse ser novamente o Agente 47 e fazer esta análise.