Depois de deixar seu lugar no mapa com A Plague Tale: Innocence, o pessoal da Asobo Studio demonstra mais uma vez que não está aqui para brincadeira, com A Plague Tale: Requiem.
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E, se tem uma coisa que o estúdio fez, foi aprender ao longo do tempo. O segundo título não só está mais bonito, como ainda mais acessível e mais fluido do que antes.
Já que o primeiro título trouxe momentos de tensão e poucas pontas soltas, será que a vida de Amicia e Hugo seria mais pacífica do que antes? Ou será que o caminho dos dois irmãos ofereceria ainda mais dificuldades envolvendo a peste e as pessoas de um mundo tão corrompido?
É com essa premissa que iniciamos nossa análise de A Plague Tale: Requiem. Confira abaixo o que achamos do game!
A história de A Plague Tale: Requiem
Requiem se passa 6 meses após Innocence, onde vemos os irmãos Amicia e Hugo tentarem chegar a uma ilha do Mediterrâneo, com um objetivo em mente: tentar curar Hugo de sua doença.
No entanto, o caminho se torna ainda mais árduo, já que ainda há muitos ratos e soldados da Inquisição Francesa no caminho. Assim, os irmãos percorrem cenários lindamente grotescos, para poderem atingir seu objetivo, lutando contra inimigos poderosos e alguns mais sombrios do que a própria peste: seus próprios medos.
Vá para a luz
Uma das melhores mecânicas da franquia A Plague Tale é esse jogo com a luz é usada. Assim como no primeiro título, nesse novo, você deve evitar o escuro, para que os ratos não façam a festa.
No entanto, com as novas habilidades de Amicia, as coisas parecem bem mais fluidas do que antes, o que torna o gameplay ainda mais imersivo. Além da besta, da atiradeira e de outras armas do primeiro título, os jogadores poderão criar alquimia e combater ratos.
O único elemento no qual poderia ser melhor aproveitado é a IA do game. Infelizmente, alguns inimigos são meio bobos, esperam determinadas ações ou tem reações limitadas.
Mas isso não atrapalha tanto assim o andamento e a progressão do game, já que o maior foco é, sem dúvidas na história.
Uma direção de arte fantástica
Ao mergulhar em A Plague Tale: Requiem, é quase impossível não se emocionar com quão bonito o mundo é, mesmo que esteja completamente corrompido pela peste.
É impressionante o trabalho feito pelo pessoal da Asobo Studio aqui. Desde castelos antigos até cenários completamente devastados pelo caos, tudo parece minuciosamente colocado para fazer com que o jogador sinta o sentimento certo na hora certa.
Assim como o original, Requiem demonstra o esforço da Asobo ao aumentar ainda mais determinadas áreas, para permitir ainda mais exploração — talvez algo similar a Uncharted 4, quando comparado com seus antecessores.
A ambição do estúdio faz com que os jogadores sintam isso na pele, combinando um excelente level design com uma fantástica qualidade gráfica que a nova geração pode apresentar. (Nossa análise foi feita em um PlayStation 5).
Nada de online; o single player ainda tem o seu lugar
Indo um pouco na contramão da indústria, que tem forçado cada vez mais o lançamento de jogos online e de serviço, a franquia de A Plague Tale mostra, mais uma vez, que o single player sempre vai ter o seu lugar, independentemente do que achem.
Com foco total em sua narrativa, o game demonstra claramente para o que veio: cativar os jogadores; e não só isso, ele é capaz de entregar uma história extremamente imersiva, que faz a gente tirar da mente qualquer sentimento de querer jogá-lo online.
Sendo assim, Requiem reforça o quanto o single player não só possui o seu valor, mas que possui claramente o seu lugar na indústria e que deve ser defendido sempre que possível.
A Plague Tale: Requiem vale a pena?
A Plague Tale: Requiem é uma sequência honesta de Innocence, que já era naturalmente muito bonito e bem denso, no que diz respeito à carga emocional da história.
Requiem não só deixa isso claro, como eleva o nível visto anteriormente, com novos gráficos e um incremento em sua mecânica de furtividade e ataque, algo que poderia distanciar certos jogadores no passado.
A Plague Tale: Requiem é um deleite para fãs de bons gráficos e single players
Tudo isso torna a sequência da série um grande convite para que os jogadores adentrem no mundo de Amicia e Hugo, estabeleçam uma enorme conexão com esses dois irmãos.
Não só isso, ele faz com que a gente entenda suas dores, seus conflitos, além de ter que lidar com um mundo completamente corrompido. E, no fim, é possível sair com a sensação de que o amor e a compaixão curam qualquer peste no mundo.
A Plague Tale: Requiem está disponível para PC, PS5, Xbox Series X/S (disponível na assinatura do Xbox Game Pass) e Nintendo Switch. Esta análise foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Asobo Studio.