Não é de hoje que se discute que mulheres estão presentes na população gamers, tanto nacional quanto internacional. Mesmo que ainda enraizado na comunidade de jogadores de que jogos são "coisas de menino", a pesquisa realizada pela Pesquisa Games Brasil (PGB) junto com Sioux Group, através da Go Gamers, ESPM e Blend New Research, mostra que 69,8% das mulheres no Brasil jogam jogos eletrônicos, independente da plataforma.
A pesquisa considera jogadores todos aqueles que afirmam possuir o hábito de jogar jogos digitais, dividindo-os em casuais e hardcores. A diferenciação entre estes dois grupos é a frequência com a qual o indíviduo joga: se o hábito de jogar for destaque entre suas preferências de entretenimento, o indivíduo é classificado como hardcore; tendo uma frequência menor e com menor duração, é classificado como casual.
Para esta pesquisa, foram entrevistadas 5.830 pessoas de todos os estados brasileiros, no mês de fevereiro. Entre os entrevistados, 67,5% consideram-se casuais e 33,5% hardcore. No grupo de jogadores casuais, as mulheres representam 61,9%, enquanto que no segundo grupo, representam 38,7%. Ao todo, 76,6% das mulheres se identificam com o perfil casual, enquanto 23,3% se define como hardcore.
Mesmo que a população feminina hardcore gamer seja menor, as sessões de jogo costumam durar por volta de 3 horas.
"Existe uma falsa noção de que os homens são os principais consumidores de jogos eletrônicos no Brasil, mas não apenas as mulheres representam a maioria deste público quanto também estão cada vez mais engajadas nos games, dos eSports aos consoles, passando pelo celular"
-Carlos Silva, Head de Gaming na Go Gamers
A PGB confirma que 69,8% das mulheres que jogam têm o smartphone como plataforma favorita e 50,1% jogam todos os dias nele. Celulares lançados no mercado, com melhor desempenho para jogos, somado ao público que os utiliza como plataforma indicam que para se considerar um jogador basta apenas jogar.
“Mais uma vez chamamos atenção para as mulheres como praticantes de jogos. Elas são a maioria entre os jogadores (58,9%), isso acontece pelo terceiro ano consecutivo. As mulheres representam a maioria da população brasileira, e isso também se reflete ao falarmos de jogos”, afirmou Lucas Pestalozzi, presidente da Blend New Research, quando a pesquisa foi feita em 2018.
Pelo quinto ano consecutivo, o público feminino aparece como maioria na população gamers, representando 53,8% dos jogadores no país.