Vencedor do Prêmio de Melhor Podcast de 2021 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o Original Spotify Paciente 63, o podcast de ficção mais popular no Spotify no Brasil, chegou para abalar para sempre os conceitos sobre o tempo. Em sua segunda temporada, lançada dia 08 e protagonizada por Seu Jorge e Mel Lisboa, Paciente 63 mostra que para salvar o mundo do perigoso vírus Pégaso, voltar de 2062 para 2022 não é o bastante: é preciso viajar ainda mais ao passado, mais precisamente para 2012.

Parece difícil de entender? Vem cá que a gente conta toda a cronologia da série e os principais acontecimentos desta viagem no tempo dos personagens. E tudo isso com a ajuda do criador e roteirista Julio Rojas, que explica também alguns termos científicos e eventos que compõem essa história cheia de suspense e de muita tensão. Mas se você não quiser spoilers, confira aqui um resumo do que aconteceu na primeira temporada. E prepare-se para viajar no tempo!

  • O entrelaçamento, ou seja, a sucessão de encontros de pessoas em diferentes dimensões entre dois personagens rege a história de Paciente 63. As entidades[1] Elisa Amaral e Pedro Roiter se conhecem na linha do tempo de 2022 em que ela é a terapeuta psiquiátrica e ele, o paciente. Na linha do tempo alternativa em que se passa a segunda temporada, eles se encontram em 2012 como Beatriz e Vicente Correa: ela como paciente, e ele como terapeuta.
  • A Paciente 0 é Maria Cristina Borges, a primeira pessoa a contrair o Pégaso e que pode propagar o vírus se embarcar no voo com destino a Madrid, em 2022, para visitar sua amiga, irmã de Elisa Amaral. Na linha do ano de 2012, Maria Cristina é filha de Vicente Correa. Por isso, quando Elisa retorna a 2012 como Beatriz, o seu objetivo é impedir que Maria conheça a amiga que vai lhe fazer embarcar no tal voo, evitando assim a propagação do vírus, que pode causar uma pandemia que acabará com o mundo no futuro. Está aí a explicação do porquê Elisa e Pedro precisam, depois de se encontrarem no presente (2022), se reencontrar no passado (2012).
  • 2023 é o ano em que o vírus Pégaso irá se espalhar pelo mundo destruindo aos poucos a humanidade, caso a missão não seja cumprida por Beatriz, em 2012. Eventos como Egrégora[2], Expurgo de Berlim[3], Grande Remoção[4] e a descoberta histórica da Colônia em Marte, acontecem até 2050, apontado como o início do fim do mundo.
  • 2062, apontado como o ano do “fim do mundo”, é de onde vem Pedro Roiter, o misterioso paciente 63. Voltar ao passado para ele é sinônimo de cumprir uma missão para salvar o futuro da humanidade.
  • As viagens no tempo de Elisa Amaral (de 2022 para 2012) e de Pedro Roiter (de 2062 para 2022) são possíveis pela Teoria do desdobramento do tempo e do espaço criada pelo Doutor em Física Jean-Pierre Garnier Malet, em 1966, e pelo vórtice, ponto em que duas energias culminam em um ponto comum. Na teoria de Garnier Malet, o tempo é contínuo e, como tal, as pessoas, como entidades conscientes no presente, também estão no futuro e certos ecos de seus atos no futuro podem ser registrados por meio dos sonhos. O vórtice se explica pela teoria dos universos múltiplos que especula que, toda vez que se toma uma decisão, o universo se divide e a pessoa segue uma linha e outro dela continua em outra linha com a outra alternativa, uma espécie de clonagem do universo. Mas justo antes dessa decisão ser tomada, antes que as linhas se abram, há um ponto zero, cheio de potencial: o vórtice.
  • Em 2012, Beatriz consegue recuperar as memórias de sua vida na outra linha do tempo com a ajuda de uma melodia. O autor inseriu este fato na história devido aos efeitos comprovados em estudos científicos sobre a forma que a música reage nos cérebros de pacientes com Alzheimer. Na áudiossérie, Pedro mostra a música para Elisa em 2022, que é reproduzida à Beatriz por Gaspar Marín, o homem que se passa por seu marido em 2012 para ajudá-la a sair da instituição psiquiátrica. Para conseguir convencer Vicente de que eles já se conhecem de outros tempos,  Beatriz mostra a mesma música para ele, que é uma composição que o próprio Vicente criou em anos passados para sua ex-esposa.
  • Na segunda temporada, se explica a maneira de receber informações do futuro com base em páginas de ruído branco (white noise) e eventos aleatórios, e são mencionados testes criptográficos enigmáticos e reais que são expostos na internet para que poucos possam resolvê-los. Por esta razão, Gaspar Marín só consegue descobrir o conteúdo (a melodia) vindo do futuro, que recebeu no passado, quando Elisa retorna para 2012 como Beatriz.
  • Na linha temporal de 2012, é revelada a existência dos semeadores, considerados viajantes do tempo invisíveis que sussurram possíveis soluções e mensagens entre as linhas do tempo. Será que grandes invenções e soluções revolucionárias de problemas reais não são ecos de viajantes vindos do futuro, 'soprados' ao pé do ouvido de pessoas que podem criar grandes coisas? Este misterioso elemento também é explorado na segunda temporada.
  • Os materiais sobre viagem no tempo e ficção científica apresentados para Beatriz por Gaspar Marín em 2012 são o que a ajudam a entender o que ela precisa fazer para seguir o plano de salvar a humanidade. Beatriz descobre nesta linha temporal que é uma aficionada por livros e obras de ficção científica e o autor da áudiossérie revela que foi isso que, no futuro, a fez ser convencida por Pedro Roiter sobre a existência de várias linhas temporais.


Em sua segunda temporada, o Original Spotify Paciente 63 apresenta 10 episódios inéditos de tirar o fôlego para maratonar grátis, só no Spotify - escute aqui. Paciente 63 é uma adaptação de Caso 63, criada pelo escritor e roteirista chileno Julio Rojas. Caso 63 é o primeiro conteúdo original do Spotify de língua não-inglesa adaptado em diversos idiomas e se tornou o podcast de ficção mais popular no serviço na América Latina. A primeira temporada da adaptação brasileira Paciente 63, lançada em julho do ano passado, ficou na 1ª posição entre os mais escutados na Parada de Podcasts do Spotify durante três semanas após a estreia e também ocupou o 1º lugar na categoria Ficção; enquanto que a versão original em espanhol esteve na 1ª posição entre os mais escutados em cinco países: Chile, Colômbia, Argentina, México e Estados Unidos, permanecendo no topo da parada por um mês na Argentina e no México. Além do Brasil, a áudiossérie original do Spotify também ganhou adaptação na Índia com Virus 2062, que estreou em setembro de 2021.