Rever os três amigos em cenários espetaculares e cheios de puzzles é uma experiência única!
A série Trine se consagrou entre os jogadores como um jogo side scrolling de plataforma, do tipo 2.5D. Com seus três icônicos personagens, a série de jogos permite que os jogadores combinem suas habilidades para resolver os diversos puzzles existentes em cada missão, em cenários estonteantes.
Em Trine 4 não é diferente, a empresa aposta alto em manter a qualidade dos cenários, continuando com a mecânica base que fez com que o jogo seja o que é hoje em dia. Confira abaixo um pouco mais sobre Trine 4:
Não mexa com o que não pode
Por mais que o foco do jogo seja bastante o gameplay, a história de fundo envolve os jogadores. Com legendas em PT-BR, conhecemos a história de um príncipe chamado Selius que mexeu com magias obscuras, que são capazes de revelar não só seus próprios medos, mas os da aldeia. Para lidar com essa situação, os líderes da escola de magia chamam seus antigos heróis para tentarem resolver a situação:
- Zoya: Ladina com habilidades de arco e flecha;
- Amadeus: Inteligente mago capaz de criar caixas extras para puzzles;
- Pontius: Bravo e esfomeado cavaleiro que possui poderes de ataque escudo.
Cada história de Trine remete bastante à um livro de conto de fadas, e não é para menos, a tela de mapas funciona basicamente como um livro, seguindo a trajetória dos heróis e como eles são convocados para a aventura.
Mecânica da União!
Para quem já está familiarizado com a série Trine, sabe exatamente que é possível jogar com os três aventureiros em cada cenário, mas é basicamente impossível você jogar com apenas um.
E isso se deve basicamente a um game e level design absolutamente bem-feitos. Mesmo que o jogador prefira um personagem em detrimento de outro, é basicamente difícil tentar passar pelas magias sem trocar pelos personagens.
O game design é responsável por trazer personagens tão caricatos e tão carismáticos, que mesmo que haja preferências, ao longo do gameplay é difícil não ficar apegado a todos eles. O level design é o responsável por fazer com que os jogadores sejam "obrigados" a trocar de personagens para resolver cada nível das fases.
A junção de dois elementos bem-feitos, configuram a satisfação de uma mecânica fluida, que você não percebe que o personagem simplesmente desaparece para que outro tome seu lugar.
O jogo permite jogar solo, em modo ilimitado de quatro jogadores, que é uma novidade na série. Para aqueles que gostam de jogar cm os amigos, existe multiplayer offline clássico de três jogadores, sendo uma das melhores experiências que o jogo tem a oferecer.
Puzzle time!
Trine, no entendo, adota uma política bem pacifista. Os personagens são bastante passivos aos cenários, mas isso é característica dos jogadores que gostam de resolver os puzzles que os jogos têm a oferecer.
Os combates são estritamente necessários quando há inimigos no local, e isso fica muito evidente. Ainda que eu sentisse um pouco de trava em alguns movimentos, nunca me atrapalhou o gameplay de batalhas.
Sendo um jogo de puzzles, por que o combate não pode ser um puzzle também? Trine 4 tem boss battles alucinantes, que consistem em resolver puzzles, e ainda assim, dar aquele acerto bem dado em seu inimigo. Tudo isso, novamente, com um game e um level design bem estruturados.
Trine 4 vale a pena?
Como toda a série, o jogo é jogo focado em resolver puzzles, pequenos quebra-cabeças ao longo dos cenários. Para os jogadores que não curtem muito jogos dessa linha, a experiência ainda assim se torna única.
Para os amantes de side scrolling com resolução de puzzles, esses podem nadar de braçada nas mecânicas que o jogo oferece. A trilha sonora ainda complementa o gameplay, fora que cada recompensa de cenário, é sensacional.
Trine 4 traz novamente uma mecânica estabelecida que é o sucesso e marca da série. Apostar no que já deu certo é um bom passo, sem que fique repetitivo. Trine acerta esses pontos. Só temos elogios a tecer, para um jogo indie com cara de AAA.
Trine 4 já está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e PC.