Tom Clancy's The Division 2 : Review

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The Division 2 segue os acertos do primeiro jogo e corrige os erros do primeiro, com servidores locais que melhoram a experiência do jogador, The Division 2 te leva para Washington DC tentando se reconstruir após os eventos de Nova Iorque.

Em The Division 2 somos novamente levados aos Estados Unidos, meses após os acontecimentos de Nova Iorque, onde um vírus mortal foi lançado durante a Black-friday, a gripe do Dólar. O mundo já não é mais o mesmo e cabe à Division tentar restabelecer a ordem junto com o que restou do governo e as lideranças locais.

A introdução do jogo é bem mais caótica e frenética que o primeiro, o que traz ao jogador a ideia de que teremos ação do início do game ao eng game, começando da sua saída de Nova Iorque para Washington DC, onde sua missão primária é estabelecer e assegurar a sua base de operações, a Casa Branca. Dentro das possibilidades de personalização em um jogo online The Division 2 certamente melhorou e muito em relação ao primeiro, a customização do seu agente é bem mais aberta que antes, além da possibilidade de fazer modificações pontuais em seu personagem ( caso goste de criar um roleplay para justificar suas mudanças ou simplesmente sair da rotina). Outro ponto é a customização das vestimentas, não chega a ser um ponto positivo pois muitos itens cosméticos são comprados com micro-transações, mas ao menos não influencia na sua evolução dentro do game.

a reprodução de Washington DC é impecável 

O Universo

A capital estadunidense está dominada por facções, grupos que se aproveitaram do caos para criar suas próprias leis e tomar, principalmente a força, aquilo que acreditam serem seus por direito. Esse é um dos grandes de desafios em The Division 2, não apenas enfrentar esses grupos que tem bases espalhadas pelo enorme mapa de Washington DC, mas salvar sobreviventes de ataques e execuções públicas.
Conforme vamos avançando no jogo, a presença de algumas facções vai diminuindo, pois o jogador pode tomar as bases inimigas e entregá-las aos sobreviventes, tendo a seu favor mais um ponto de transporte rápido e de renascimento em caso de ser abatido em alguma missão. Apesar disso, o jogo não consiste apenas em atacar e defender bases. Detalhes que dão veracidade ao ambiente, marcado por conflitos por domínio e sobrevivência, estão presentes. É possível, por exemplo, presenciar facções inimigas se enfrentando, ou aliados buscando e carregando suprimentos.
The Division 2, mesmo essa atenção especial, não se limita aos detalhes.  A construção de mundo e narrativa faz com que este seja um jogo imersivo e dinâmico. A Washington foi fielmente reproduzida pela Ubisoft. Prédios históricos e governamentais estão ali para visitarmos e enfrentarmos os inimigos do Estado, foram reconstruídos em seus mínimos detalhes e com o extra de uma "camada" pós-apocalíptica, como construções em ruínas, prédios e ruas tomados pela vegetação, carros e corpos abandonados fazem do cenário do jogo algo primordial para a imersão no universo criado a partir dos livros de Tom Clancy.

Jogabilidade

The Division 2 é um shooter em sua essência com alma de rpg, seguindo o mesmo molde do primeiro jogo com visão em terceira pessoa e focado no loot, o jogo é muito focado em missões não só para subir de nível mas também para deixar seu agente mais forte, além claro de áreas de Player versus Player. Seus comandos para PC que foi a nossa versão para testes não é nada complexo, ASDW para movimentação em conjunto com o mouse, as teclas Q & E para as habilidades do Agente, que são os gadgets do seu agente, que vai desde uma torreta até um escudo no melhor estilo Rainbow Six. As habilidades tem variações de acordo com a sua necessidade ou do esquadrão, então em uma missão que o Drone lança chamas e a colmeia de cura pode funcionar bem em outras é melhor o Drone reparador e o escudo.

O menu é um dos pontos fracos do jogo, extenso e confuso, você precisa navegar por uma infinidade de abas e submenus para chegar onde você quer, desde a troca de equipamento, sets pré-definidos ou as configurações do jogo em si. Os itens e sua infinidade de informações nos faz perder minutos preciosos e ainda são muito confusos. Creio que em um futuro próximo eles acabem por simplificar os status dos itens, já que o jogo não para em momento algum.

As missões seguem um padrão  relativamente simples, saber qual muro se escorar, onde atacar, conhecer o cooldown de cada habilidade quando e onde usar suas granadas. Diferente do jogo anterior agora temos muitas missões em ambientes fechados, seja em prédios históricos ou nas estações do metrô, proporcionando uma gama de possibilidades muito maior que antes. Use o cenário a seu favor, impedir um inimigo de jogar a granada irá fazer ela explodir próximo aos outros atacantes, economizando o seu estoque pessoal e aumentando suas chances de sobrevivência.

As missões secundárias s são apresentadas de forma orgânica, fazendo o jogador se colocar de fato na pele do agente que tem como missão salvar os sobreviventes que tentam a todo custo retomar a vida o mais próximo do normal, não como algo enfadonho que te forçam a fazer e fica piscando no seu mapa de forma irritante.

Infelizmente o jogo não permite que o jogador cumpra missões no bom e velho modo stealth, não adianta você ser o mais furtivo possível, tiros na cabeça em quase sua totalidade não mata o inimigo e os silenciadores não silenciam nada, as escopetas só ajudam no quesito alto poder de fogo e distância, de resto tentar equipar um agente com armas específicas para atirador de elite só são úteis para acertar aquele herdeiro sacana lá longe com um lança foguetes.  

Modo fotografia nos permite soltar o artista dentro de cada um

Mesmo com um universo incrível e cheio de possibilidades, The Division 2 ainda não acertou a mão no que mais precisa, ritmo da história, para a história ficar mais interessante e imersiva foi necessário muito tempo, depois de muito rodar pela capital dos Estados Unidos e encontrar documentos ao longo da minha jornada que a história começou a me chamar mais a atenção, as motivações de cada facção, planos de contingencia de figurões do governo, itens que só são encontrados procurando pelo mapa, sejam os Ecos (uma espécie de flashback holográfico), gravações de áudio e alguns logs de vídeo.

The Division 2 vai te custar horas e mais horas de jogo, dependendo de como você joga pode reservar mais de 30 horas só no leveling ( jogar até pegar o nível máximo), e desafios ainda mais tenebrosos no endgame. Jogando sozinho ou em equipe The Division 2 da Ubisoft certamente se tornou uma franquia fixa que arrebanhou e seguirá arrebanhando inúmeros jogadores e sem dúvidas será mais longevo que seu antecessor.

Nota: 8.5/10

Easter Eggs

Uma das coisas mais divertidas do jogo é encontrar easter eggs, desde aliens, terraplana e até mesmo o provável futuro da série Assassin's Creed.

Easter Egg terra plana 
Estaríamos flutuando sobre uma tartaruga gigante?
Poster em uma casa de ópera, um Guerreiro nórdico segurando uma peça do Éden