The Boys: Visceral e imperdível

Adaptação da hq homônima criada por Garth Ennis ( The Preacher) exibida na Amazon Prime surpreende pela trama, efeitos e violência.

The Boys finalmente viu a luz do sol, depois de muitas polêmicas e dificuldades a adaptação da Hq de Garth Ennis estreou na Amazon Prime no dia 26 de julho e conta com oito episódios em sua primeira temporada e  a segunda temporada já foi confirmada na Comic Con San Diego 2019.

Análise Sem spoilers pode ler a vontade!

A série apesar de ter heróis como tema central é uma série adulta e ainda assim não é para qualquer um, em seus oito episódios The Boys contém muita violência explícita, com sangue e vísceras, nudez e sexo, então se você for sensível a qualquer um desses temas já aviso que essa série não é para você.

A adaptação foi criada por Eric Kripke ( Supernatural) a série mostra um mundo onde os heróis existem, e com seus super poderem vem grandes responsabilidades, mas para si mesmos e para a empresa que administra os supers, a Vought International uma empresa multimilionária que não só administra os principais heróis mas também é dona de sua imagem, cuidam das suas redes sociais, direito de imagem tanto para filmes, action figures, produtos licenciados e por ai vai, nada muito diferente do que vemos no mundo real ( se os heróis da Marvel fossem reais e a Disney fossem os donos deles por exemplo).

Diferente do que estamos habituados a ver nas telas do cinema ou em séries de heróis com super poderes, The Boys mostra um mundo mais próximo do que seria caso eles fossem reais, são pessoas que usam seus poderes para benefício próprio, as leis foram feitas para pessoas comuns, não para eles, os super-heróis, com habilidades sobre-humana, e os desvios de conduta ou "efeitos colaterais"são prontamente minimizados pelo departamento de marketing da Vought, pois afinal de contas, não importa se algum inocente se feriu ou morreu no caminho, o que mais importa é que os heróis salvaram o dia mais uma vez.

Os Garotos

The Boys tem como protagonistas Billy Butcher (Karl Urban, Thor Ragnarok, Star Trek entre outros) e Hughie Campbell(Jack Quaid, Jogos Vorazes, Rampage). A equipe dos "Garotos" é completa pelo "Francês"  ( Tomer Kapon) e "Leitinho"( Laz Alonso), personalidades completamente distintas, porém todos com um objetivo em comum, destronar os super de uma vez por todas.

A primeira  temporada, dividida em oito episódios com de 1 hora de duração foram muito bem distribuídas, sem fazer muita cerimônia já somos apresentados aos Sete, a elite dos super-heróis, liderados pelo Patriota ( The Homelander, interpretado por Antony Starr), uma espécie de paladino da justiça, com poderes semelhantes ao Super-Homem ( inclusive no uniforme), seguido por Rainha Maeve (Queen Maeve,  Dominique McElligott), Trem Bala ( A.Train, Jessie Usher), Profundo ( The Deep,Chace Crawford), Translúcido ( Translucid,Alex Hassell), Black Noir ( Nathan Mitchell) e  pela novata Estela-luz ( Star light, Erin January).

Os acontecimentos e desdobramentos da série giram em torno de um incidente causado pelo Trem Bala, que literalmente explodiu a namorada de Hughie na sua frente ( a cena foi muito bem construída) e o convencimento do Butcher a buscar sua vingança.

Anti-hérois não, vilões

A série deixa bem claro para mim que os supers não são anti-heróis, eles são os vilões da história, "Os Garotos", que são os anti-heróis, durante toda a temporada vemos que os supers cometem as maiores atrocidades em nome da sua causa, que é a manutenção dos seus status como heróis nacionais e a Vought, representado de forma maestral pela Elisabeth Shue como Madelyn Sillwell.

Cada cena, cada episódio mostra o abismo entre as pessoas normais e os supers, mas também mostra que por mais egocêntricos, assassinos e hipócritas, revela que os supers também tem seus problemas, suas dores, seus vícios e segredos a enfrentar.

A Amazon Prime Acertou em cheio na adaptação, sendo uma das séries que mais me empolgou do inicio ao fim, não vejo a hora da segunda temporada!