Nesta semana, 150 trabalhadores e trabalhadoras da Riot Games fizeram a primeira greve da história da indústria de jogos em Los Angeles.

Mais de 150 funcionários da Riot Games saíram essa semana de seus escritórios da empresa responsável pelo League of Legends em Los Angeles para protestar contra a posição em relação às políticas arbitrárias da empresa. De pé em um estacionamento no campus da Riot, os funcionários seguravam cartazes e proferiam discursos fortes e motivantes.

"Estamos pedindo que a política arbitrária seja finalizada para todos os funcionários antigos, atuais e futuros da Riot, incluindo contratados e em litígios atuais", disse Jocelyn Monahan, estrategista de escuta social da Riot, em entrevista ao Kotaku.

Os trabalhadores reuniram-se em frente a uma placa que dizia “Rioters Unplugged”, (Rioters desplugados), que é uma analogia ao nome dado às reuniões executadas na empresa, enquanto os trabalhadores estavam fora de atividade.

“Somos o que faz a Riot ótima. Eu quero que a gente se sinta solidários e conectados uns com os outros. Eu quero que a gente se sinta conectados. Quero que a gente sinta como se nossas vozes fossem ouvidas de uma maneira que importasse.” disse Jocelyn Monahan

Colegas se revezavam falando através do megafone, com vários admitindo que tinham medo de participar e serem rotulados de como a favor de um motim.

“Eu estava preocupado. Eu estava tipo: 'E se eu for e ninguém aparecer?' Estou um pouco menos preocupado com isso agora. Outros estão mostrando seu apoio com a hashtag #riotwalkout, que centenas de pessoas tweetaram.” Disse outro manifestante

O protesto dessa semana parece ser a primeira paralisação trabalhista de um grande estúdio de jogos. Há muito, veículos como Kotaku, Vice e The New York Times vêm abordando como a indústria de jogos não tem sido um sonho que realmente aparenta ser.  

Em resposta, que foi enviada para Kotaku na manhã da greve, um representante da Riot acrescentou: "Nós respeitamos os Rioters que escolheram abandonar hoje e não tolerarão qualquer tipo de retaliação como resultado da participação (ou não)".

Nos meses desde a investigação do Kotaku descobrindo o sexismo endêmico na Riot Games, cinco funcionários atuais ou antigos processaram a empresa. Em parte, por violar o California Equal Pay Act (na prática funciona como  CLT do estado da Califórnia).

Dando um discurso, uma funcionária da empresa anunciou que estava saindo em duas semanas. "Eu estou desistindo porque não quero ver pessoas que foram protegidas por pessoas em altos cargos na Riot", disse.

Altos funcionários da Riot Games, incluindo o COO, foram contratados na empresa, apesar de várias queixas contra eles no RH. Alguns funcionários estão com medo de serem marcados após a greve. Alguns até possuem relacionamentos com outros trabalhadores. O medo dos parceiros serem associados com esse tipo de prática, também é alto.

“Embora acredite plenamente que a Riot está fazendo tudo o que pode no momento de encerrar a arbitragem futura, vejo valor em apresentar uma voz não violenta e unificada. Como alguém com voz, estou emprestando a outras pessoas que acham que podem não ter uma ou não serem ouvidas. ” Explicou um outro funcionário.

Fonte: Kotaku.