Em 2017, a Capcom nos surpreendeu com o recém lançado Resident Evil 7, jogo que gerou muitas dúvidas sobre a continuação da franquia, já que Resident Evil 6 não teve um resultado muito positivo. Outro fato que mudou completamente a perspectiva que tínhamos da série era de que agora não controlávamos mais nenhum membro clássico dos jogos anteriores, mas agora controlávamos um ser humano normal, chamado Ethan, que estava em busca de sua esposa, Mia.

Resident Evil 7: cover e logo do jogo

Ethan é guiado por um áudio de sua esposa até a fazenda dos Baker, onde ele conhece um vilão que, para mim, se tornou um vilão clássico da série, Jack Baker. Jack tem uma personalidade forte, não só de proteção e proteção da família Baker, mas se torna um eterno stalker de Ethan ao longo do jogo.

Jack conseguia realmente perseguir Ethan pela casa, e mesmo nas lutas que achávamos que ele havia morrido, ele não havia morrido mesmo, tipo alguns, se não todos, os vilões da série. Especialmente se você, assim como eu, ficou chocado quando o Jack entra no carro e começa a te perseguir. Que luta foi essa, meus amigos.

Resident Evil 7: luta com Jack Baker

Mas o ponto chave que gostaria de abordar sobre Jack é o quanto ele se torna um personagem bem stalker, e persegue nosso personagem, assim como nos jogos anteriores, mas Jack tem um ponto diferente: ele abre portas. Esse tipo de busca de caminho em um algoritmo interno do jogo, pode ser feito de uma forma bem pesada, pra ser executada em todos os frames. Mas ao mesmo tempo, esse custo vale a pena, pois definitivamente o personagem nos dava aquele cagaço de resolver as coisas, ou procurar respostas enquanto temos que resolver os puzzles.

Essa parte, definitivamente me chamou muito a atenção, porque era aquela sensação de que o Jack poderia sair da parede a qualquer momento e começar a te perseguir, mesmo sem correr. Pra que correr? Andar devagar nos dá um ar de insegurança muito maior, e demonstra toda a segurança que o personagem tem.

Resident Evil 2: Mr X aparece pela primeira vez

Você, que é fã da série, pode ter notado aonde eu quero chegar. Sim, o Mr X, ou Tyrant, que é o projeto da Umbrella em Raccoon City que foi criado especificamente para destruir toda e qualquer evidência, tem um comportamento parecido.

Eu particularmente acredito que muito do que foi usado em Jack, principalmente por se tratar de uma mesma engine, a RE Engine. Jack e Mr X perseguem os personagens pelo cenário, e não é muito difícil vermos eles saindo da parede em algum momento, nos surpreendendo.

Resident Evil 2: Mr X passando pelas portas

Como eu disse, esse comportamento stalker desses personagens deixavam as coisas bem mais "interessantes", se você considera ter que pensar e ser perseguido algo interessante.

Fato é, que a Capcom deixou um gostinho de quero mais ao falar que o Resident Evil 3 remake aconteceria se os fãs assim o quisessem. E, de todo caso, rumores apontam que talvez tenhamos um anúncio na E3 desse ano.

Isso nos faz ver o quanto a empresa demonstrou saber fazer com que seus personagens stalkers, tais quais Jack e Mr X já deixavam esse gosto nas nossas bocas.

Com a possibilidade de um Nemesis nos perseguindo pelo cenário, que é quase o mesmo de Resident Evil 2, é válido esperar que a Capcom acerte, igual acertou com esses dois personagens. Nemesis merece uma atenção especial, pois está no gosto do público e é, se não, o vilão mais amado da série inteira.

Resident Evil 3: Nemesis

Como eu disse, o cenário de Resident Evil 3 é a estação de polícia de Raccoon City, mesmo cenário de Resident Evil 2, que já está pronto. Então isso nos deixa com uma questão de que talvez pudéssemos ver um RE3 remake muito antes do que gostaríamos.

Enquanto a Capcom mexe com nossos sentimentos em RE2, aguardamos ansiosamente a E3 para saber se realmente eles irão mexer novamente com os nossos sentimentos em um possível RE3.