Democratizar o acesso à cultura por meio de livros falados e ampliar a inserção de deficientes visuais no mercado de trabalho. Esse é o objetivo do projeto Vozes que iluminam vidas e Pontos que leem o mundo, oferecido desde dezembro de 2020 pela Adevirp (Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região). A instituição sem fins lucrativos fornece serviços gratuitos e permanentes para mais de 200 deficientes visuais de 40 cidades da macrorregião de Ribeirão Preto, em São Paulo e no sul de Minas Gerais.
Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desses, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa e 506 mil têm perda total da visão. Foi pensando em ampliar o acesso à cultura e diminuir barreiras vividas por esse público que a Adevirp criou a iniciativa voltada às pessoas cegas ou com baixa visão em todas as faixas etárias.
Desde o início do projeto, em dezembro de 2020, mais de 56 livros paradidáticos e didáticos que fazem parte do plano anual do ensino fundamental e médio foram adaptados para livros falados. Livros paradidáticos de autores célebres da literatura brasileira e mundial, como Pedro Bandeira, Clarice Lispector, George Orwell já foram acessados por crianças, jovens, adultos e idosos participantes do projeto. A equipe responsável pela adaptação das obras escritas inclui ledores, editores multimídia, audiodescritores, pedagogo, terapeuta ocupacional e coordenação técnica.
Os livros transformados em audiobooks são distribuídos de forma gratuita para as escolas e bibliotecas municipais devido a importância dos títulos na grade curricular para a inclusão da pessoa com deficiência visual. “Nosso foco é atender a demanda educacional, pois temos como objetivo a inclusão dos deficientes visuais no Ensino Regular e no mercado de trabalho, comenta Marlene, fundadora e presidente da Adevirp. Alguns livros são emprestados por universidades parceiras do município de Ribeirão Preto, “desta forma, conseguimos destinar livros falados, inclusive para os vestibulandos”, completa Alcinéia, coordenadora do Projeto.
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Deficiente visual desde que nasceu, Marlene Taveira Cintra é psicóloga, idealizadora e fundadora da Adevirp, e sentiu no dia a dia a dificuldade de ser cega no Brasil. “A defasagem de recursos e educação assistida para a pessoa com deficiência visual era notória desde a minha infância. Isso me motivou a criar mecanismos que atendessem esse público e, hoje, na Adevirp, seja quem ficou cego por uma patologia ou nascença, descobriu uma nova forma de viver e de ver o mundo”, comenta esperançosa.
Para ampliar o acesso aos audiobooks, os materiais são distribuídos nas escolas municipais e estaduais de Ribeirão Preto com um ou mais alunos com deficiência visual ou baixa visão matriculados, além de disponibilização das obras nas diretorias de ensino da região e na histórica Biblioteca Sinhá Junqueira da cidade. A instituição possui ainda uma biblioteca aberta ao público com deficiência visual que pode ouvir os livros no local ou pegar emprestado com um pedagogo à disposição durante todo o horário de funcionamento da biblioteca.
Todos os anos, a instituição mantém mais de dez atividades focadas em educação, esporte e saúde. O projeto Vozes e Pontos conta com a parceria da Prosegur, referência mundial no setor de segurança privada e transporte de valores por meio do PRONAS/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência.
Em 2021 a Prosegur lançou o Programa Somos Todos Heróis, Diversidade e Respeito que tem por objetivo conscientizar os colaboradores sobre o respeito às diferenças, sejam elas de origem étnica, religiosa, de gênero ou física. “Acreditamos que o conhecimento transforma pessoas e essa transformação contribui para a construção de um mundo mais seguro e respeitoso. Para nós, é um grande prazer somar e, mais do que isso, conscientizar a população e incentivar as empresas de todos os setores que esse tema precisa se tornar urgente na agenda dos executivos. Garantir a segurança das pessoas, empresas e a sociedade como um todo também é apoiar a acessibilidade e a democratização do conhecimento”, afirma Marcelo Rucker, diretor de Recursos Humanos da Prosegur.
Sobre a Adevirp
A Associação de Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (Adevirp) é uma instituição sem fins lucrativos que atende deficientes visuais de cerca de 40 cidades da região de Ribeirão Preto. Com 24 anos de trabalho, a instituição busca oferecer ferramentas para o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional de pessoas cegas e com baixa visão, tendo, o objetivo de promover a autonomia e independência da pessoa com deficiência visual.
Os projetos, que são promovidos dentro de áreas como educação, cultura, esporte e assistência social, colocam a Adevirp como referência no atendimento as pessoas com deficiência visual, oportunizando, assim, a comunidade a ver a vida com bons olhos.
Sobre o Grupo Prosegur
O Grupo Prosegur é referência mundial no setor de segurança privada. Através de suas linhas de negócios, Prosegur Security, Prosegur Cash, Prosegur Alarms, Prosegur AVOS e Cipher, oferece às empresas e aos domicílios uma segurança confiável baseada nas soluções mais avançadas do mercado. Com uma presença global, o Grupo Prosegur teve um faturamento de 3.498 milhões de euros em 2021, está listada nas bolsas de valores espanholas sob o indicador PSG e conta atualmente com uma equipe de cerca de 150 mil funcionários.
O Grupo Prosegur atua de acordo com as melhores práticas ambientais, sociais e de boa governança. A empresa configurou a sustentabilidade como um pilar estratégico em todas as suas ações, com o objetivo de ser a referência do setor. Além disso, o Grupo Prosegur canaliza sua ação solidária através da Fundación Prosegur, que trabalha em quatro áreas de atuação: educação, inclusão laboral de pessoas com deficiência intelectual, voluntariado corporativo e promoção da cultura.