No último fim de semana, nos dias 15 e 16 de março de 2025, aconteceu no Japão a grande final do World Tour Final 24-25 do One Piece TCG, reunindo os melhores competidores do cenário mundial. O evento não apenas coroou um novo campeão, mas também trouxe anúncios importantes, incluindo uma nova lista de cartas banidas e detalhes sobre o sistema de rotação do jogo.

Antes de explorarmos essas mudanças, vamos analisar os decks que compuseram o Top 4 da competição, destacando as estratégias que dominaram o torneio e influenciarão o metagame nos próximos meses.

Resultados do World Tour Final 24-25 – One Piece TCG

A disputa pelo terceiro e quarto lugar contou com o confronto entre Yellow Enel, pilotado por Marco, e Black Rob Lucci, comandado por Josha's Boosters, que saiu vitorioso e garantiu a terceira colocação.

Na grande final, realizada em formato Bo3 (Melhor de Três), o duelo foi entre Black Rob Lucci, desta vez nas mãos de Abo, e Shanks, jogado por Wf. Após uma série intensa de partidas, Abo e seu Black Rob Lucci conquistaram o título de campeão do World Tour Final 24-25.

Bans

A recente lista de bans surpreendeu a comunidade do One Piece TCG, com cartas como Kingdom Come (EB01-059) – também conhecida como Raigo – e Jinbe (OP07-045) pegando muitos jogadores desprevenidos. Até então, a expectativa era de que ST17 Marshall D. Teach fosse a principal afetada, mas os bans mais pedidos, como Gecko Moria (OP06-086) e Ice Age (OP02-117), acabaram atingindo diretamente os jogadores da cor preta.

O deck BY Monkey D. Luffy, que girava inteiramente em torno de Gecko Moria, será um dos mais prejudicados. Outras estratégias, como Rob Lucci e Smoker, que utilizavam Gecko Moria e Ice Age, além de Marshall D. Teach, que dependia de Ice Age, sofreram uma redução na agressividade e consistência. No entanto, essas listas ainda se mantêm viáveis, ao contrário de BY Luffy, que foi severamente impactado.

Outro deck afetado foi Doffy (Donquixote Doflamingo), que perderá velocidade e explosividade sem Jinbe. Embora o deck continue poderoso, podendo colocar cartas em campo por 3 DON!! com a habilidade do líder, a mudança exigirá ajustes. Para competir contra decks como 10-cost Shanks e 8-cost Kid, será necessário incluir opções de topo de curva mais impactantes do que Jozu.

O banimento de Kingdom Come também abalou a cor amarela, removendo uma de suas melhores ferramentas de remoção. Decks como Katakuri, Enel e Vegapunk, que vinham demonstrando um domínio crescente no simulador EB02 e estavam prestes a consolidar sua supremacia no Japão, foram diretamente enfraquecidos. Embora a carta fosse considerada equilibrada na maioria dos cenários, ela se tornou extremamente poderosa em estratégias que não se importavam em jogar com apenas 1 vida, tornando o efeito negativo da perda de vida irrelevante. Assim, Kingdom Come acabou atingindo um nível de poder comparável ao de Ice Age, justificando sua proibição.

Fonte: https://en.onepiece-cardgame.com/rules/restriction/

Rotação

Desde seu lançamento, o One Piece TCG adotou um sistema de blocos, identificados pelo ícone de Devil Fruit localizado no canto inferior direito da carta, próximo ao seu código. Esse número determina a qual bloco a carta pertence, um conceito semelhante ao utilizado em Magic: The Gathering e Pokémon TCG.

Imagem Divulgação.

A Bandai oficializou essa estrutura sob o nome de Standard Regulation Tournaments. A partir de abril de 2026, apenas cartas dos Blocos 2 e 3 serão permitidas em torneios oficiais, com exceção de algumas cartas específicas que ainda serão detalhadas.

Com a introdução da nova rotação, a Bandai confirmou que algumas cartas receberão reprints para garantir sua permanência no formato Standard Regulation. Um exemplo é a Nami (OP01-016), originalmente pertencente ao Bloco 1, que terá uma reimpressão com a marcação do Bloco 2.

Imagem Divulgação.

Isso significa que todas as cópias da Nami (OP01-016), independentemente de sua impressão original, continuarão válidas no Standard Regulation após a rotação, desde que a carta tenha sido reeditada dentro de um bloco legal. Esse sistema segue a mesma lógica adotada em Magic: The Gathering e Pokémon TCG, garantindo que os jogadores possam utilizar versões mais antigas de cartas reimpressas.

Além disso, os slides apresentados no evento revelaram um novo formato chamado "Extra Regulation", que possivelmente permitirá o uso de blocos já rotacionados. Esse modelo segue a lógica de formatos como Modern e Pioneer no MTG, garantindo um ambiente competitivo mais amplo. Ainda não há informações sobre a legalidade de cartas banidas nesse formato, mas novas atualizações devem ser divulgadas em breve.

Existe também a possibilidade de cartas serem incluídas como excessao na lista do Standard Regulation Tournaments ate elas terem os reprints com os proprios sets atualizados.

Imagem Divulgação.

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