Experiência concorre na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Media”, que reconhece trabalhos que evoluam os conceitos de arte e ciência em mídias interativas; ambientada em uma maquete da cidade de São Paulo em 1940, história aborda o amor entre Pedro e Rosa, rotina e medos de mudança
Sobre os trilhos de uma miniatura da cidade de São Paulo em 1940, uma delicada e envolvente história de amor entre um entregador de jornais e uma florista acaba de colocar o Brasil entre os finalistas do 72° Primetime Emmy Awards, o principal prêmio global dado a obras e profissionais da indústria televisiva, que este ano será realizado em setembro. Dirigida por Ricardo Laganaro, produzida pelo estúdio ARVORE e com vozes de Rodrigo Santoro (inglês) e Simone Kliass (português), “A Linha” é uma narrativa interativa em realidade virtual (VR) totalmente pensada e desenvolvida para ser contada neste formato. A obra inova ao permitir que o usuário interaja com a experiência usando o próprio corpo ao invés de controles e é uma porta de entrada para o grande público experimentar a tecnologia de VR.
“A Linha” chega ao Emmy como finalista na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Media”, que premia empresas ou pessoas responsáveis pela criação de programas ou obras interativas notáveis e impactantes, que ampliem os conceitos de arte e ciência em mídias interativas e demonstrem domínio do formato, elevando significantemente a experiência do usuário. “Ser reconhecido pela Academia da Televisão é uma honra que pode dar ao Brasil a chance de ser protagonista em uma nova linguagem dentro da realidade virtual. ‘A Linha” representa o que há de mais avançado no uso de imersão corporificada em narrativas interativas. O corpo do usuário substitui o controle e os movimentos não só desenrolam a história, mas inspiram uma autorreflexão intencional”, disse Ricardo Laganaro, diretor de “A Linha”.
Premiada como “Melhor Experiência em VR” no 76º Festival de Veneza, “A Linha” coloca o ser humano no centro da narrativa e conta uma história universal de amor com camadas adicionais de significado e compreensão, especialmente sobre rotina e medo de mudanças. Repleta de emoções, combina ainda a interação corporal da realidade virtual com inovações técnicas e conceituais que tornam suas escolhas artísticas possíveis. A obra é a primeira experiência lançada comercialmente para Oculus Quest a usar o novo recurso de rastreamento de mãos (hand tracking), ampliando a imersão do usuário e seu senso de participação na trama.
Pedro e Rosa
Os protagonistas de “A Linha” são Pedro e Rosa, dois bonecos em miniatura perfeitos um para o outro, mas que relutam em superar suas próprias limitações e viver uma história de amor. Nos cerca de 15 minutos de duração da experiência, o usuário é transportado para uma versão em miniatura de São Paulo nos anos 1940, um cenário encantador em que Pedro, um entregador de jornais, repete todos os dias o mesmo percurso durante seu trabalho. A cada ciclo, porém, o personagem permite a si mesmo uma pequena escapada para colher uma flor amarela e deixar, anonimamente, para Rosa, a florista.
Tudo acontece sempre da mesma forma até que as rosas amarelas acabam. Pedro então é forçado a enfrentar seu maior medo: escolher um outro caminho para tentar encontrar novas flores. Esta pequena e ousada atitude revira totalmente o universo particular de Pedro, que passa a enxergar seu mundo sob uma perspectiva diferente e carrega o usuário sutilmente para o meio de um grande impasse criado pela mudança na rotina.
“Adotamos referências e estéticas da cultura brasileira para explorar uma narrativa regional com conflitos universais. ‘A Linha’ reflete as características e peculiaridades do seu ambiente, mas dentro um contexto familiar às pessoas de qualquer lugar do mundo”, comenta Laganaro.
Mais informações sobre “A Linha” estão disponíveis nos perfis do Facebook, Instagrame Twitter.