Hilda: aventura, fantasia e fofurice

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Eu fico muito feliz de saber que as crianças de hoje em dia têm tantos desenhos maravilhosos para assistir. E Hilda, lançamento da Netflix, entra nessa lista.

Baseado no quadrinho de mesmo nome escrito pelo cartunista inglês Luke Pearson, Hilda conta a história de uma menina (a própria) que mora com a mãe numa casa longe da cidade, cercadas por criaturas fantásticas com as quais Hilda apronta diversas confusões. Quando são obrigadas a se mudarem, Hilda precisa aprender a viver na cidade grande de Trollsburgo, fazer amigos e descobrir novas aventuras.

Bem, já deu pra perceber que a ideia em si não é tão original e os elementos da história também não são lá tão criativos, né? Porém, a série tem um jeitinho único e delicioso de conduzir a narrativa que fazem valer a pena.

Eu adorei a naturalidade com que são apresentadas as criaturas. Elas fazem parte do mundo, nada de mais. Afinal, por que seria estranho ter um homem de madeira entrando na sua casa no meio da noite para se aquecer na lareira? E qual é o problema de deixar a sua filha ir na floresta para desenhar um troll? Me lembra muito o estilo de Bryan Lee O'Malley ("Scott Pilgrim" e "Repeteco").

Para quem assistiu a Gravity Falls, um desenho da Disney onde dois irmãos iam passar o verão em uma cidade cheia de mistérios fantásticos, a comparação é inevitável, porém injusta. Hilda tem menos mistério e ação, mas compensa na construção das personagens (inclusive das criaturas), aprofundando um pouco mais a questão sentimental da história de forma muito fofa.

Os episódios são recheados de lições importantes para as crianças, como tratar bem o meio ambiente e os animais, mostra uma relação saudável de mãe e filha e apresenta um humor gostoso até para os adultos, aquele nonsense bobinho e sutil, humor inglês que passa longe do besteirol.

Hilda é um bom programa para quem está querendo passar o tempo assistindo a algo leve e gostoso, que provavelmente irá te cativar o suficiente para você devorar os 13 episódios rapidinho. Para quem tem filhos, não perca mais tempo: faça um balde de pipoca e comece a assistir com as crianças agora mesmo!

Este texto foi originalmente publicado no Me Indica Uma Coisa Nova!