Atores da Companhia de Comédia Os Melhores Do Mundo, Welder Rodrigues, Ricardo Pipo, Victor Leal, Adriana Nunes, Jovane Nunes e Adriano Siri, além do produtor Augusto Casé, se reuniram nesta terça-feira (08/02) em entrevista coletiva virtual para falar sobre Hermanoteu na Terra de Godah, que estreia com exclusividade na Sessão Superestreia do Telecine Premium no sábado, 12 de fevereiro, às 22h, pelo selo Première Telecine. Na conversa mediada pela apresentadora Bruna Scot, eles falaram sobre como foi adaptar o sucesso teatral para o formato de filme, a expectativa para alcançar um novo público, os percalços nas filmagens e as participações especiais de Marcos Caruso, Milton Gonçalves e Jonas Bloch.

Veja os principais destaques da coletiva de Hermanoteu Na Terra De Godah:


Adaptação para o cinema


Hermanoteu Na Terra De Godah foi lançado originalmente no teatro em 1995 e se tornou um fenômeno de público. “A peça viralizou, as pessoas sabem o texto. Quando essa história foi ganhando o Brasil, nós pensamos como poderíamos atingir ainda mais pessoas”, comentou Adriana Nunes. “Há quem pense que adaptar é mais fácil do que criar uma história do zero, mas não é, porque são coisas totalmente diferentes. O teatro é interpessoal, por isso tem muito diálogo. Já no cinema, você vê tudo. Tem performance, texto, ambiente. O Hermanoteu é um personagem muito passivo na peça, as pessoas chegam e conversam com ele. Para o filme, a gente precisou criar uma jornada do herói. Se tornou uma obra única”, explicou Jovane Nunes. “E a gente não podia abrir mão de personagens clássicos, de bordões que viraram memes e de tantas coisas que se tornaram marcantes ao longo desses 27 anos”, pontuou Victor Leal.


Gravações no Deserto do Atacama


Parte das filmagens foi realizada no Deserto do Atacama, no Chile, um dos locais mais áridos do mundo. Mas uma chuva torrencial, que não ocorria na região há mais de dez anos, quase impediu o elenco de chegar ao set. “Meu produtor me ligou dizendo que o Exército chileno não estava deixando a equipe seguir por causa da chuva. Nós fomos com uma equipe reduzida, mas muito profissional, e conseguimos montar uma estrutura muito bacana”, lembrou Augusto Casé. “Desde o início, foi emocionante. Tivemos esse susto com a chuva, mas que trouxe um impacto visual para o filme maravilhoso. E estar com a equipe reduzida nos remeteu aos nossos tempos de início no teatro. Nós estivemos muito presentes, colocamos a mão na massa. Tornou essa etapa ainda mais simbólica”, afirmou Adriano Siri.


Incêndio no Rio de Janeiro


Após a chuva no deserto, o elenco enfrentou um incêndio durante as filmagens em uma pedreira no Rio de Janeiro, debaixo de muito sol. “Nós vimos um morador colocando fogo no lixo e pensamos ‘Vai dar problema’. Meia hora depois, tinha carro de bombeiro”, contou Augusto Casé. Seriam as pragas do Egito? “Não! Deus tem bom humor! E Ele ajudou muito. O céu estava lindo. Nem precisamos cancelar a diária”, brincou Jovane Nunes.


Expectativa com o novo formato


“A peça está em cartaz praticamente todos os finais de semana há 27 anos. Já foi vista por milhões de pessoas. Mas eu estou mais curioso para ver a reação das pessoas que ainda não conhecem a história de Hermanoteu na Terra de Godah. Colocar um filme na praça no Brasil atual é um ato de heroísmo”, comentou Welder Rodrigues. “Quem olha a carreira do grupo pensa que a gente está com o jogo ganho, mas esse é mais um desafio. Dá frio na barriga! Vamos alcançar um novo público e isso é uma oportunidade muito grande”, disse Adriano Siri.


Diferenças entre teatro e cinema


Acostumados aos palcos, os atores notaram algumas particularidades ao levar a história de Hermanoteu para o cinema. “Não há muita diferença no atuar, o que muda é a parte técnica. Eu ensaiava, mas quando chegava na hora, o Homero [Olivetto, diretor] mandava eu não me mexer. Isso foi diferente”, afirmou Ricardo Pipo. “Mas uma coisa eu não preciso mais me preocupar. Tenho certeza de que não vou errar o texto na estreia no dia 12/02, nem em todas as sessões daqui a cem anos, porque as falas já estão todas lá”, brincou Jovane Nunes.


Voz de Chico Anysio entre as participações especiais


Em Hermanoteu na Terra de Godah, a história é contada em duas linhas temporais. No presente, o Cardeal Gerônimo, depois de ser eleito o novo Papa, toma conhecimento de um grande segredo mantido em sigilo durante anos pela Igreja. Já no passado, Hermanoteu recebe de Jeová a missão de salvar o povo de Godah e se envolve em diversas trapalhadas durante momentos bíblicos históricos. Marcos Caruso, Milton Gonçalves e Jonas Bloch dão vida à trama contemporânea. “Foi um grande acerto ter esses renomados atores contando a história. E por eles estarem presentes, o Vaticano está presente”, celebrou Augusto Casé. Há também mais uma participação especial. “Chico Anysio é a voz de Deus. Ele é o Deus da comédia, nosso padrinho, fã e amigo. Nós temos o privilégio de ter a voz do Chico no teatro e ficamos muito felizes quando a família autorizou a levá-la para o filme”, afirmou Jovane Nunes.


Arte vence a pandemia


“Esse é um filme de comemoração! Estamos vencendo a pandemia com a arte. O humor é transformador e, nesses tempos, as pessoas estão precisando rir para passar pelas coisas. Rindo você é mais feliz, mais gentil”, comentou Adriana Nunes. “A primeira vez que eu assisti ao filme, tive a sensação de nostalgia que eu tinha quando via os filmes de Os Trapalhões. As pessoas vão gostar”, pontuou Welder Rodrigues. “O filme tem uma mensagem positiva de esperança e de amor. É necessário depois de tudo o que passamos”, finalizou Victor Leal.


Créditos


Hermanoteu na Terra de Godah tem direção de Homero Olivetto, produção de Augusto Casé, da Casé Filmes, e roteiro de Pedro Neschling, Jovane Nunes e Victor Leal. Imagens e vídeos promocionais de Hermanoteu na Terra de Godah estão disponíveis neste link.