Ghost Recon Breakpoint: Uma boa experiência, porém é corrido
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Apesar de uma nota muito abaixo do esperado no Metacritic, Ghost Recon Breakpoint tem seus pontos positivos!
Ghost Recon Breakpoint não teve uma das melhores notas da história. No Metacritic, é possível ver que sua nota foi de 55, e seu User Score, de 2.6. São notas muito baixas. Porém, o jogo merece todo esse hate da internet?
Quando jogamos o modo online de Breakpoint na E3 desse ano, tudo parecia bem, os gráficos não estavam tão polidos, o que se espera de um jogo que está em fase final de desenvolvimento para ser lançado. E, de fato, o jogo saiu com outra cara, mas ele sofre algo que não só ele, mas outros jogos vem sofrendo: o fim da geração.
Sempre que uma geração acaba, é possível perceber que os jogos ficam travados com as limitações que as máquinas, sejam consoles ou PCs possuem, para demonstrar seu desempenho gráfico. Isso faz com que muitos jogos tentem explorar ao máximo as experiências, mas o hardware atual não está suportando.
Isso acontece um pouco com Breakpoint, e, talvez um pouco, da correria que foi para lançar um jogo que precisará de pathces de correção no futuro, com downloads que podem chegar ao mesmo peso que o jogo possui em temos de GB.
Mecânica acerta o ponto exato do gameplay
Nem tudo é nebuloso em Ghost Recon Breakpoint, o título ostenta nada mais, nada menos que a continuação de uma saga que leva o nome de um dos maiores autores de ficção tática, Tom Clancy. E nesse aspecto o jogo consegue acertar totalmente.
Se há algo que foi desenvolvido pela equipe da Ubisoft que realmente funciona totalmente para o meta e para o gameplay, é o sistema de combate. Diferente de seu antecessor Wildlands, que possuía uma mecânica próxima dos jogos que valorizam o caos, como a saga Just Cause, Breakpoint é mais robusto, voltando a oferecer opções táticas, como a série deve ser.
Apesar do jogo ter traços de outros jogos com o selo Tom Clancy, como The Division 2, Breakpoint não possui o mesmo esquema tático de RPG que, quanto maior o nível, mais fácil acertar headshots. O jogo valoriza incursões bem planejadas e garante resultados satisfatórios aos jogadores que se prepararam para executar os objetivos.
Porém, apesar de o jogo se esforçar ao máximo para juntar diversas mecânicas, mais realistas, com elementos de RPG, seja nível ou árvore de habilidades, Breakpoint não se sobressai em nenhuma.
Um mundo grande, porém vazio
Se há algo que é característica da série Ghost Recon, é a possibilidade de explorar a região para tirar o maior proveito dela possível. A ilha de Auroa, região fictícia do jogo, de fato é bem diversificada em sua fauna e flora, mas ainda assim, parece que falta certo conteúdo para fazer com que o ambiente seja mais vivo em sua vastidão de desertos, praias e cidades que existem na ilha.
De fato, todo o conjunto funciona como cenário, porém na prática, há alguns detalhes que não fazem sentido quando você analisa eles junto com a história. Por exemplo, a história não é tão densa a ponto de necessitar arquivos ou até mesmo objetos para complementá-la, como na série Far Cry, por exemplo, onde o mundo por si só já é uma distopia de vilões carismáticos.
Como se não bastasse todos esses elementos, outra coisa que pegou na jogabilidade foi a conexão entre as áreas. Assim como em seu antecessor Wildlands, as ruas são pouco dirigíveis, o que faz com que a melhor opção de deslocamento seja pelo ar.
A fórmula funciona, apesar de repetitiva
Apesar dos problemas, devemos ser justos com o jogo. Ele não é cansativo. Cada missão nova dá aos jogadores diversas possibilidades de exploração, seja pelo ambiente, ou seja pelas táticas utilizadas. Afinal de contas, é isso que o jogo se propõe a fazer, apresentar um gameplay tático.
Isso fica ainda mais claro quando analisamos o sisteme de classes, que permite que outros jogadores combinem suas habilidades para jogarem juntos. Esse é outro ponto que a atual geração de jogos tem focado bastante: muitas vezes o jogo solo pode ser massante, ou até mesmo repetitivo. A experiência de jogar com amigos, no entanto, torna o gameplay bem mais interessante, como acontece em jogos como Monster Hunter - World.
Ghost Recon Breakpoint vale a pena?
Apesar dos diversos esforços da equipe em fazer mudanças significativas que incorporaram mudanças dos jogos anteriores, e até mesmo a diferença de gameplay que é um The Division, o jogo mantém suas atividades bem claras.
Os gráficos estão impecáveis, e o ambiente é vivo, mesmo que a sensação de vazio deixe algumas vezes o deslocamento monótono. Ainda assim, a Ubisoft deixa sua marca de que a empresa tem forte conhecimento em deixar mundos abertos interessantes e divertidos e resolvendo problemas, como em Far Cry - New Dawn.
Breakpoint melhora bastante algo que é forte da mecânica da franquia: dar tiro de forma tática. Porém, o que parece é que o jogo saiu um pouco antes da hora, o que torna sua incursão muito rápida e, algumas vezes, sem propósito.
Mas isso significa que o jogo não é bom? De forma alguma! Como dito nesta mesma análise, o jogo tem como ponto forte ser jogado com outras pessoas, o que torna a experiência mais diversificada e mais atraente do que fazer toda a campanha de forma solo.
Ghost Recon: Breakpoint foi gentilmente cedido pela Ubisoft para a realização desta análise.