Dandara reinventa a forma de jogar um metroidvania!
Dandara é o mais recente indie brasileiro lançado pela Long Hat House, provando que o Brasil tem sim, muita capacidade de produzir bons títulos que serão lembrados por bastante tempo.
Confira abaixo a nossa análise desse indie que merece, e muito, toda nossa admiração por valorizar e incluir elementos da cultura brasileira de forma brilhante.
Dandara dos Palmares
Dandara foi uma personagem que existiu na vida real. Ela era uma guerreira negra do período colonial do Brasil. Após ser presa, suicidou-se se jogando de uma pedreira ao abismo para não retornar à condição de escrava. Foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos.
Esta é a inspiração para a guerreira que assumimos o controle game. Dandara é a esperança que renasce para o mundo de Salt, que já viu dias de liberdade e agora se encontra totalmente oprimido.
Um novo jeito de jogar um Metroidvania
Metroidvania não é uma mecânica nova, e junta toda a mecânica de exploração com elementos de RPG contidos nos games Metroid e Castlevania (especialmente o Symphony of the Night).
Mas, em vez de andar normalmente pelas plataformas que compõem os cenários, o game inovou colocando uma mecânica de movimentação que permite que a protagonista se desloque apenas utilizando os espaços disponíveis utilizando um salto.
Esta mecânica parece difícil de ser dominada, mas foi tão bem executada, que basta apenas poucos minutos para que você consiga se deslocar de forma frenética pelo mapa.
Use o sal para fazer upgrades
O game possui uma opção de upgrade de habilidades que pode ser acessado em todo acampamento que Dandara consegue atingir. Para evoluir estes atributos, é necessário que seja recolhido o sal que os inimigos deixam para trás quando são derrotados.
Assim como muitos Metroidvanias, a morte é um elemento altamente punitivo. Além de fazer com que Dandara regresse a um acampamento, ela ainda perde toda a quantidade de sal que ela acumulou em sua jornada anterior.
Porém, ao jogar novamente após uma morte, é possível recuperar todo o sal que foi perdido. Esta mecânica se assemelha muito com o que vemos em diversos games do tipo Souls-like, e é um bom motivo para fazer com que os jogadores tentem progredir na história.
Cenários e chefões
Se tem algo que realmente é intrigante de ver é a relação do cenário com as criaturas que nele habitam. Cada cenário possui sua forma estranhamente peculiar de coexistir em um ambiente tão diferente.
As áreas são das mais vastas e das mais distintas. Isso não impacta nem um pouco o gameplay, só demonstra o quanto a direção de arte se preocupou em tomar tanto cuidado e tanto carinho com cada uma delas.
Enfrentar o mundo de Dandara é um desafio à parte
Os mapas e o level design são muito bem feitos e absurdamente desafiadores. Enfrentar o mundo de Dandara é um desafio à parte, você nunca sabe o que está por vir, ou qual desafio você deve enfrentar. Isso define muito bem um Metroidvania.
Os chefões possuem diversos padrões que podem ser compreendidos facilmente, mas, ainda assim, proporcionam experiências únicas, utilizando toda a mecânica de gravidade que o game implementou.
Conclusão
Dandara não é um jogo fácil, com uma mecânica que demora um pouco a ser acostumada, e o combate também exige muita atenção dos jogadores. Porém, quando você domina tudo o que o game oferece, você terá uma excelente experiência, além de viver um mundo tão vivo e tão brasileiro quanto Dandara permite.
Se você é fã de Metroidvanias e está disposto a encarar os desafios que o mundo Salt oferece, então Dandara é um jogo pra você.
Dandara está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e PC. A verão que nossa equipe jogou foi gentilmente cedida pela Long Hat House para o Xbox One.