Tiny Tina's Wonderlands é um game divertido demais, mesmo com quase 10 anos da expanção lançada em 2013, para Borderlands 2, chamada Tiny Tina's Assault on Dragon Keep.
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Na época, a expansão fez paródia com Dungeons & Dragons inserido em um mundo completamente FPS. Na época, isso foi extremamente surpreendente e inovador. O resultado não poderia ter sido diferente: foi fenomenal.
Mas, em 2022, será que ainda é legal juntar D&D com FPS e fazer paródia com isso? Será que essa junção ainda dá certo e vale a pena ser explorada? Abaixo, você confere nossa análise do game!
D&D com FPS
Para aqueles que já jogaram Tiny Tina's Assault on Dragon Keep, a fórmula da nova aventura é a mesma: a junção de D&D com um jogo FPS, igual Borderlands 3.
Com fases bem amplas de se explorar e um combate frenético, o game demonstra que seguiu o gênero "looter-shooter" à risca. No entanto, escolher os melhores loots e os que mais funcionam com o seu estilo é o que tornam a situação mais complexa, já que as possibilidades são bem vastas.
E não se espante, pois você vai ser mesmo levado para uma sessão de RPG (que na verdade se chama Bunkers & Badasses) mestrada por ninguém menos que a Tiny Tina.
A história é bem simples, e não há problema nenhum nisso: após um pouso forçado em Pandora, você se junta à Tiny Tina e um grupo de amigos jogando B&B (Bunkers & Badasses).
E, como é a primeira vez que você está jogando, você é literalmente um "Noob". Depois de criar o seu Fatemaker, você passa a jogar a aventura de Tina pelas vastas planícies das Terras Maravilindas, com a tarefa de parar o Dragon Lord.
A aventura é enérgica e bastante explosiva, assim como a personalidade de Tina, algo que realmente deve ser enaltecido pela performance de Ashley Burch. Além disso, o game também conta com um elenco de apoio com Andy Samberg (Valentine) e Wanda Sykes (Frette).
Crie seu personagem do seu jeito
Como um bom jogo de RPG, você pode pode criar e adaptar quase todos os aspectos do seu personagem e deixá-lo do seu jeito. Além das características físicas, você também pode escolher uma educação que também vai afetar a distribuição das estatísticas.
E não é só isso, há uma quantidade surpreendente de controle nisso, algo que permite um aspecto mais pessoal do que um apelo às classes em si. Falando nisso, há seis classes para escolher, cada uma com habilidades específicas e únicas.
- Brr-ucutu: um bárbaro;
- Garraforte: que vem acompanhado de um dragão;
- Necronata: que usa magia sombria e fantasmas;
- Mago-Atirador: que dispara projéteis comas duas mãos;
- Facadamante: um assassino furtivo;
- Protetor do Esporo: uma espécie de druida auxiliado por um cogumelo guerreiro.
Embora cada classe tenha seu estilo, você não precisa ficar preso a ela, já que pode usar armas específicas para obter o máximo efeito de cada uma, além de usar uma classe adicional.
Um tabuleiro vasto das Terras Maravilindas
Outra grande novidade é a forma do mundo superior, que conecta todas as áreas das Terras Maravilindas que você tem para explorar. Ao atravessá-lo, é possível ter encontros aleatórios, acessar dungeons, encontrar colecionáveis, fazer missões secundárias, visitar áreas opcionais e muito mais.
Cada segmento tem um Santuário que pode ser ativado coletando as peças referentes a ele. Uma vez desbloqueados, isso aumenta a qualidade do saque e ganhos de experiência, fazendo valer a pena o esforço.
O mundo é realmente vasto e tem muito para ser explorado, além da variedade de inimigos e locais, que é suficiente para manter as coisas relativamente novas. A cada área você terá encontros completamente únicos.
Tiro, porrada e bomba (digo, magia)
O jogo tem uma vasta gama de armas, seguindo a linha estabelecida na série Borderlands. E cada uma tem características mais específicas, danos elementais e muito mais.
No entanto, as granadas foram substituídas por magias, que podem provocar efeitos de área, abrir rachaduras no chão e até outros efeitos completamente mirabolantes.
Até tem combate corpo-a-corpo, embora ele não seja dos melhores, mas é uma opção viável quando te faltam recursos de armas e magia — e aí não tem jeito, o desespero bate mesmo, é super compreensível. Mas, se possível, evite utilizá-lo como primeira opção.
Um modo cooperativo coeso e divertido
O game também possui um modo cooperativo, em que até quatro jogadores podem se aventurar pelas Terras Maravilindas. E esse modo é algo pelo qual Tiny Tina's Wonderlands deve ser aplaudido.
Tanto a campanha principal quanto a Câmara do Caos podem ser jogadas de forma cooperativa. Além disso, todas as plataformas suportam cross-play, o que significa que você e seus amigos do console ou do PC podem se aventurar juntos pelo mundo do game.
Eu, particularmente, serei eterno defensor do cross-play em casos assim, ainda mais tratando-se de um coop. Fica muito mais fácil encontrar players e seus amigos não ficam presos a plataformas.
Mas e aí, Tiny Tina's Wonderlands vale a pena?
Apesar de Tiny Tina's Wonderlands ser 100% do mundo de Borderlands, ele consegue ter sua própria identidade. O jogo mantém o estilo padrão de RPG misturado com FPS, algo que fez com que os jogadores se interessassem pelo título, mas traz ideias novas e interessantes para a série.
E, não se enganem, as Terras Maravilindas oferecem uma experiência agradável e extremamente divertida do início ao fim — especialmente se você está jogando com seus amigos, assim como uma boa mesa de D&D.
Tiny Tina's Wonderlands está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S. Esta análise foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Gearbox.