Resident Evil Village é a dose de terror e ação na medida certa!
Desde os primórdios da década de 1980, a Capcom vem desenvolvendo uma sólida reputação com seus games. Logo na década de 1990, vieram alguns títulos que ficariam no imaginário dos jogadores até hoje, como é o caso de Resident Evil.
A franquia de games de Resident Evil seguiu um caminho bastante tortuoso no quinto e no sexto título da franquia, mas então, algo aconteceu, e a Capcom nos brindou com Resident Evil 7, que não só saiu da caixinha, mas mudou completamente a mecânica principal do game, saindo de terceira pessoa para a primeira.
Se a ousadia não era grande o suficiente, a Capcom ainda foi além, inseriu um novo protagonista: Ethan Winters. Após três anos do sumiço de sua esposa, Ethan recebe uma estranha mensagem de Mia e ele toma uma decisão que mudaria sua vida para sempre. Ele saiu para buscá-la.
Rumando para Louisiana, Ethan viu coisas que nenhum ser humano normal conseguiria ver, e, o mais impressionante, ele conseguiu sair vivo. É com esse palco que a Capcom deixa uma dúvida sobre o que de ruim poderia acontecer na vida de Ethan no título seguinte.
Abaixo, você pode conferir a nossa análise de Resident Evil Village!
A história de Resident Evil Village
Mia e Ethan se mudaram para uma vila no interior da Europa, a pedido de Chris Redfield. O casal tentava viver uma vida doméstica normal, tiveram até uma filha chamada Rose!
Mas, o que é o normal para o que eles passaram anos anteriores? O mundo dos dois acaba desmoronando quando Mia começa a passar mal e Chris, junto com uma equipe de soldados, inexplicavelmente invadem a casa dos Winters e matam Mia. Como se a situação não fosse das melhores, eles ainda sequestram Rose.
Esse é o estopim que joga Ethan a uma aldeia aparentemente abandonada no meio da Europa para resgatar sua filha.
A mecânica de Resident Evil Village
Bem, você controla Ethan, mas Ethan não é mais o mesmo que ele era em Resident Evil 7. Enquanto o título compartilha a mesma mecânica e perspectiva do seu antecessor, nitidamente as coisas mudaram completamente.
Em vez de um ambiente mais assustador, Ethan está enfrentando um ambiente mais aberto, menos claustrofóbico, com mais ação. Algo que, se você puxar um pouquinho pela memória, pode encontrar de Resident Evil 4.
As semelhanças com o quarto título canônico da série não param por aí. Além do ambiente europeu, um vilarejo, você enfrenta mais inimigos ao mesmo tempo — sentiu saudades do bicho com a motosserra? A mecânica do inventário está de volta e você pode passar horas querendo organizar tudo.
Se esses fatores já não enchem as vistas logos de cara, também é possível notar que até o ambiente é um pouco mais “feliz” e “alegre”, embora utilize a neve para trazer um ambiente mais frio.
Falta um pouquinho mais de terror
Para os fãs que buscam similaridades com o Resident Evil 7, que tem uma pegada bem mais no survival horror, na administração de recursos… já fiquem avisados de que Resident Evil Village possui poucas doses de terror. Mas eu arrisco dizer que elas são incluídas na medida.
A falta de terror em si não é um problema, pois, veja bem, Resident Evil 4 é um dos games mais lembrados e aclamados pelos fãs de longa data. Então, por que não dar uma chance a Village nesse aspecto? A própria ambientação em si ajuda a garantir mais o medo e a solidão de um ambiente que parece esquecido.
E os vilões?
Bom, a esse ponto você deve estar se perguntando: cadê a vampira de 3 metros? Pois eu lhe digo: Lady Alcina Dimitrescu é destaque em toda hora que aparece. A RE Engine conseguiu captar perfeitamente toda a performance de todos os atores e atrizes, o que deixa todos os vilões de Resident Evil Village mais vivos. Ou mortos… como você preferir!
Cada vilão possui a sua particularidade, mas eu arrisco dizer que esse é um dos melhores trabalhos da equipe de design de personagens da Capcom. Sem dúvidas, Salvatore Moreau é um dos bichos mais amedrontadores de toda a série de jogos e parabéns para os designers.
Mas e aí, Resident Evil Village vale a pena?
Embora Village se inspire bastante no seu antecessor Resident Evil 4, é nítida a diferença. Temáticas diferentes, situações diferentes. Para mim, ficou a junção da mecânica de RE 7 com RE 4 foi o que tornou Village um título único e, o principal, com personagens únicos.
Se você esperava uma pegada mais survival horror, talvez Resident Evil Village não seja do seu interesse, mas eu digo: mesmo com um game mais focado em ação, Village tem o seu lugar em todo aspecto que ele se propõe a ser um jogo de terror.
A boa dosagem entre esses itens torna o game ainda mais interessante. Juntando isso com personagens bem construídos e tão cativantes mesmo em sua loucura, é impossível ignorar a existência dele.
Então, é possível dizer que sim, Resident Evil Village vale muito a pena.
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Resident Evil Village já está disponível para PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series S|X. Este review foi feito com uma cópia gentilmente cedida pela Capcom.