Análise : Metro Exodus um jogo para recordar ( Sem Spoilers)
Obrigado por visitar o Nerdweek!
Sortudo!!! Sem ad pra você hoje! Com isso compartilhe com os amigos!
Metro Exodus é o terceiro jogo baseado no romance do russo Dmitriy Glukhovski e dá sequência aos acontecimentos do ultimo jogo Metro: Last night mas não se preocupe, você não precisa ter jogado os dois primeiros para entender a história do jogo ( não em sua totalidade)
Para aqueles que viveram em uma estação do metro desde 2013 aqui vai algumas informações relevantes, no universo criado por Dmitry a Rússia sofreu severos ataques nucleares, quase toda a população foi devastada e alguns sobreviventes tiveram que se abrigar nos sombrios túneis do complexo metroviário da Rússia, após os acontecimentos de Metro 2033 e Metro Last Night o protagonista Artyon seque mais uma vez em busca do seu sonho, encontrar um lugar na superfície para viver.
Introdução e narrativa
Jogos que são continuidades me deixam um pouco pavoroso, principalmente aqueles que eu não havia jogado antes e Metro Exodus se encaixa perfeitamente no contexto, quando recebemos o jogo para escrever esta análise logo pensei que teria problemas pois não teria como me integrar ao universo e aos personagens, me enganei, o jogo te introduz de uma forma simples e objetiva como as coisas saíram de controle durante e depois os ataques e como a sociedade foi se reestruturando dentro do metro russo, desde os problemas com alimentos, os mutantes, ratos e principalmente, outros sobreviventes, em uma pequena cut scene você já tem quase tudo o que precisa saber para iniciar sua jornada.
Quando jogamos um FPS já pensamos em tiro e porradaria, o que não é o caso de Metro Exodus, aqui tudo gira ao redor da narrativa, a primeira hora do jogo é capaz te colocar na pele de Artyon e o senso de camaradagem e irmandade para com seus companheiros é quase que imediata. A coisa fica ainda mais forte quando você é apresentado a esposa de Artyon, Anna, uma mulher forte, independente, carinhosa e conselheira, sempre preocupada com as andanças e ações insensatas do nosso herói semi-silencioso.
Caminhar pelos túneis do metrô continua perigoso e assustador, ainda mais quando a sonorização do jogo beira a perfeição, uma dica importante, joguem de headset ou fones de ouvidos, a experiência é completamente diferente pois a diferença está nos pequenos detalhes, um ranger de alguma tubulação metálica enferrujada, um barulho que lembra o caminhar de algum animal ao fundo, som de alguma grade de ventilação batendo com o vento, tudo isso cria uma atmosfera assustadora e envolvente e te coloca realmente dentro do jogo, fazendo você se sentir exatamente onde nosso herói está, sozinho, assustado e no escuro.
Gameplay e inimigos
Sempre que pensamos no gameplay em jogos em primeira pessoa pensamos em comprar armas, comprar upgrades e coisas meio sem sentido quando se trata de salvar o mundo ou seu grupo, Metro: Exodus segue uma linha mais racional, upgrades e modificações do seu equipamento de acordo com suas necessidades. Vamos lembrar que o jogo se passa em um mundo pós apocalíptico então é de se esperar armas modificadas na boa e velha gambiarra, e isso torna o jogo muito mais divertido, pois a cada inimigo morto você pode ou trocar de arma ou pegar as modificações da arma dele. Outro ponto muito interessante é a Workstation, onde além de fazer modificações no armamento é possível limpar a arma para que ela não emperre ( sim acontece e muito), arrumar sua máscara de gás e criar munição, pois não há mais fábricas de armas por ai mas o conhecimento de como fazer é passado de geração em geração.
O número de munição que o jogador pode carregar é limitada, então seja prudente e não saia dando tiro em tudo que se move, uma bala pode salvar sua vida e a de seus companheiros, tente ser o mais silencioso possível e evite confrontos desnecessários.
Os inimigos são dos mais variados tipos, desde um Deus-Peixe-Bagre-Mutante-Gigante, Camarões assassinos, fanáticos religiosos e morcegos gigantes demoníacos estão a sua espreita, não é porque você viu uma matilha de batedores que necessariamente você precisa enfrentar eles, somente humanos tem loot, o que faz sentido, então enfrente os mutantes somente em ultimo caso, se não corra, esgueire-se, dê a volta mas economize munição e kit médico.
Dentre as mecânicas de jogo de Metro: Exodus estão as missões secundárias e objetivos secundários das missões principais, as missões paralelas aparecem de forma orgânica, elas influenciam no storytelling e no seu relacionamento com seus camaradas, além de algumas cutscenes bem interessantes. Nas missões as quais você vai acompanhado é recomendado extremo cuidado e tente seguir à risca as instruções pois seus companheiros podem acabar tombando em combate e não, você não vai levar um game over na cara, segue a vida e segue as consequências das suas escolhas.
Considerações Finais
Metro: Exodus não deixa nada a desejar no quesito storytelling, sonorização, ambientação e imersão no universo criado por Glukhovski, se prepare para ficar com medo de andar por certas regiões, para se emocionar em muitos momentos e sentir raiva, repulsa e repensar o que significa ser humano. Vale muito a pena passar as 4 estações do ano na pele de Artyon explorando a Rússia nuclear em busca do seu sonho de um lugar livre de radiação onde seus camaradas possam repovoar o planeta.
Nota 9/10