Horizon Forbidden West realmente aumentou a linha de expectativas que os jogadores já tinham com a Guerrilla Games. Com Burning Shores não era de se esperar algo diferente.
Quando Horizon Zero Dawn saiu, poucos tinham certeza se a IP iria ganhar o público, porém, com uma extrema carga emocional, uma história envolvente e personagens carismáticos, o game ganhou o público, justificando sua continuação.
A mecânica de Action RPG de progressão era a cereja do bolo, fazendo com que você tivesse que explorar um mundo extremamente perigoso enquanto descobria a história de Aloy, uma nativa sem pai nem mãe, que buscava encontrar seu lugar em um mundo devastado pela tecnologia.
Depois de uma série de descobertas, Alloy seguiu seu caminho pelas terras inóspitas que um dia pertenceram aos Estados Unidos, e agora ela resolveu fazer a busca pelo oeste.
Mas, será que o novo conteúdo consegue explorar o jogo o suficiente para dar justificativa a continuá-lo de onde parou a história do segundo título? Será que a mecânica continua a mesma ou recebeu incrementos? Será que esses incrementos são realmente interessantes ou acabam forçando um pouco o gameplay que já estava fluido?
É com essas e outras perguntas que iniciamos nossa análise de Horizon Forbidden West: Burning Shores; e o nosso veredito você confere abaixo!
A história de Burning Shores
Um ponto importantíssimo que você precisa saber é que a história da DLC se passa exatamente após o final do jogo base. Ou seja, não é um conteúdo paralelo ou que você pode ignorar. Sendo assim, ele faz parte da jornada de Aloy pelo "oeste perdido".
Ignorando certos spoilers, o que você precisa saber é que ao sul das Terras dos Clãs Tenakth, diversas erupções vultânicas e terremotos transformou o local onde um dia havia a cidade de Los Angeles em um arquipélago. Com o auxílio de Sylens, Aloy decide investigar o que tem acontecido de suspeito na região.
Ao investigar ainda mais a área, Aloy conhece o povo Quen, o mesmo da personagem Alva no jogo base. Além disso, nossa protagonista se encontra com Seyka, uma nova personagem que decidiu desafiar as regras do seu clã, porque sabe que tem algo errado acontecendo na região.
Sendo assim, Aloy parte nessa jornada para ajudar Seyka, ao mesmo tempo em que ela lida com a resolução dos seus próprios objetivos.
De certo modo a história não é muito mais complexa do que isso, e muito menos grande. São 5 missões principais e 3 secundárias, mas você poderá completá-la em torno de 3 a 5 horas, dependendo do estilo de jogo.
Uma modificada na mecânica
Embora a DLC tenha usado a mecânica do jogo principal como base, Burning Shores nos guarda alguns segredinhos. Além de novas habilidades, o novo limite máximo de nível agora é 60.
Aloy pode possuir mais trajes e novos tipos de armas, além do aumento normal da variedade padrão. Quanto à Árvore de Habilidades, não foi adicionado uma nova categoria, porém, um nível extra para todas as já existentes.
Em termos mais práticos, agora você pode possuir o Impulso de Bravura, ou outras habilidades muito pedidas pelos fãs. como o Golpe de Gancho, que não é um quick time event.
Bom, verdade seja dita que, apesar de a expansão oferecer uma série de novidades, elas param por aí. Afinal, é apenas uma expansão, não um standalone ou um novo título.
Só que isso não significa que ser curto ou ter poucas habilidades ou armas novas é algo ruim. Pelo contrário, o jogo conseguiu balancear todos esses aspectos de forma positiva.
Novas máquinas, mas podia ter mais
Burning Shores oferece uma série de quatro máquinas novas, sendo a mais legal delas a Asa Marinha, que, apesar de se parecer demais com Heliodo, possui a função de mergulhar e passear por debaixo da água.
Fato é que, por se tratar de uma nova área, com novos desafios e um novo background, era de se esperar que mais máquinas estivessem por ali.
No entanto, é compreensível a necessidade de não escalar tanto assim, já que a adição de novos conteúdos sem dúvidas ficará para um terceiro título da franquia — que, embora não esteja confirmado, já possui vários indícios de que tem potencial.
Horizon Forbidden West: Burning Shores vale a pena?
Burning Shores é uma experiência que não pode ser ignorada peloas fãs de Horizon, já que ela é exatamente aquilo que os fãs esperam de um game da franquia.
Sendo assim, quem já é fã de carteirinha vai amar, mas quem não curte muito, não será surpreendido. Mas, fato é que, apesar da franquia não me pegar tanto por certos pontos de extrema monotonia, é inegável a carga emocional que os games carregam.
Aloy sem dúvidas é uma protagonista extremamente forte e que já deixou o seu legado e sua marca no coração dos gamers. Forbidden West provou que é possível pensar em um universo pós-apocalíptico que consegue, ao mesmo tempo, ser perigoso e estonteantemente lindo.
Horizon Forbidden West: Burning Shores consegue mostrar um novo olhar sobre Los Angeles como nunca tínhamos visto antes, além de provar que, em certos momentos, o questionamento pode ser mais válido do que aceitar tudo de maneira calada.
Sendo assim, Burning Shores é uma parada obrigatória para aqueles que estão acompanhando a trajetória de Aloy e querem saber quais segredos mais esse mundo inóspito guarda.
A análise de Horizon Forbidden West: Burning Shores foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Sony PlayStation.