Análise F1:2021 | A consolidação da nova geração nos jogos de corrida
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Primeiro jogo com a direção da Codemasters sob o comando da EA mostra do que a nova geração é capaz de fazer.
Sempre fui fã da Fórmula 1, desde os primórdios dos anos 90 no auge da rivalidade entre Senna e Prost, o domínio de Schumacher até a ascensão de Lewis Hamilton e entre tantas mudanças no cenário da F1 a única constância foi minha paixão não só em assistir com meu pai as corridas, mas também a de jogar nos consoles, desde o Master System, passando pelo Playstation 1 e 2 e após minha migração para o PC. Vivenciar e experimentar as mudanças em cada nova versão da franquia sempre alimentou a minha paixão pelo automobilismo e com F1:2021 não foi diferente, ainda mais que é o primeiro jogo da série com as tecnologias da nova geração como Ray Tracing e DLSS para os proprietários de uma RTX
Inovações sem mudanças
Quando foi anunciado a compra da Codemasters pela EA houve uma série de preocupações, principalmente dos que costumam jogar online, vide o que acontece na série Fifa, felizmente pouco ou quase nada se modificou sob a nova direção, ao menos no que diz respeitos aos já consagrados modos de jogo como os “dois modos carreira”, a maior diferença até aqui fica na loja do jogo, com muito mais opções de personalização do seu carro, algo que meio que deixava a desejar nas outras versões do jogo.
Nos modos de jogo o que chegou de novo, mas que não é algo inédito dentro dos jogos de espertes é o modo história, assim como no Madden e Fifa, passamos a vivenciar a ascensão do jovem piloto Aiden Jackson, começamos já nas últimas voltas da corrida decisiva que o levará para a Fórmula 1 e a partir dali a luta para alavancar sua carreira dentro da modalidade mais hardcore do automobilismo.
O modo carreira segue a máxima, não se mexe em time que está ganhando, com a adição do modo multiplayer, ou seja, além de escolher ser só um piloto de alguma escuderia, há a opção de ser colega de equipe do seu amigo, ou se preferir um desafio mais imersivo o modo Minha Equipe, onde além de correr o jogador é o responsável pela administração da escuderia, sempre começo com o modo Minha Equipe e tentar da melhor forma possível fazer a minha escuderia o mais competitiva possível.
Gameplay e dificuldades
Os jogos de corrida quase sempre foram 8 ou 80, ou são arcades onde só importa apertar o acelerador e dar cavalos de pau para fazer alguma curva impossível ou o modo simulação onde entrar de forma errada em uma curva é a certeza de um encontro nada amigável entre o seu carro e a parede. F1:2021 consegue unir os dois mundos, se assim o jogador o desejar, desde modos com baixa IA e repletos de auxílios para você ir direto da chicane para os muros. Agora aqueles que querem uma experiência completa, o nível da Inteligência Artificial, a força G durante as curvas e os danos causados ao carro trazem ao jogador a sensação de estar dentro do cockpit.
Mesmo que você, assim como eu gosta de jogar com alguns auxílios não se sinta excluído quando falamos em imersão, depois de fazer todas as etapas dos treinos livres, do classificatório e depois correr para valer a sensação é de que você realmente está ali disputando curva após curva um lugar ao pódio, ou para salvar a sua posição atual, tudo isso graças ao trabalho incrível da equipe de som, para nossos testes usei o Headset da Astro o A40 e o som entregue pela Codemasters somado à qualidade dos headset Astro me fizeram esquecer que já estava correndo quase que um dia inteiro sem parar.
Vale a Pena?
Pensando no jogo como o primeiro da franquia que quando bem configurado mantem 120 fps travados graças ao DLSS ou as melhorias visuais com a tecnologia Ray Tracing, principalmente nos replays faz do F1:2021 um marco para a chegada dos jogos de corrida para a nova geração. Ajustes finos de dificuldade para deixar o jogo com a cara do jogador, modo história que apesar de não empolgar muito já traz uma nova dinâmica ao jogo e o retorno triunfal do modo multiplayer faz F1:2021 valer muito a pena. O ponto negativo fica pela ausência dos carros clássicos.